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TEMÁTICA DO BLOG

NOTÍCIA E OPINIÃO

Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

31 agosto 2008

Berlusconi & Kadafi acertam acordo bilateral



Neste último sábado, o premier italiano, Silvio Berlusconi, encontrou-se com o ditador líbio, Muammar kadafi. Trataram de assinar o acordo no qual a Itália se compromete a pagar bilhões em indenizações e investimentos à Líbia. Este acordo, _ pelo menos nominalmente _ servirá como reparação pelos danos causados durante a colonização italiana na região, que durou de 1911 a 1943. Pelo acordo, a Itália investirá por 25 anos, duzentos milhões de dólares anualmente na Líbia. Prevê ainda a construção de uma estrada ligando as fronteiras líbias com o Egito até a Tunísia, e a extração de minas terrestres.

Mas não se enganem. A Itália uniu o útil ao agradável, ou melhor, o inevitável com o lucrativo. O país do norte da África é um dos grandes produtores de petróleo no mundo. A Itália dá esse passo para viabilizar futuros acordos de importação do ouro negro. Além disso, a Líbia se encontra em posição geográfica próxima à Itália, facilitando toda a logística de transporte. 

É preciso salientar também que a proximidade entre os países também tem levado imigrantes do norte da África a aparecerem às rimas nas belíssimas praias do sul e oeste italiano. Fogem do regime socialista de Kadafi, e buscam abrigo no país europeu. Algo que o atual governo italiano vem combatendo duramente. Ao cumprir a lei de imigração à risca, Berlusconi vem sendo criticado pelos dogmáticos do "politicamente correto". No âmbito exerno, Berlusconi agora busca a solução: investindo na Líbia fará com que o país se abra mais e talvez absorva imigrantes das regiões vizinhas. Uma verdadeira barreira de contenção.

Em resumo, este acordo solucionará alguns probleminhas italianos: Abrindo o fornecimento de petróleo líbio, Berlusconi, resolve parte do problema de energia; ajudando a criar uma economia líbia mais forte, ele possibilita um futuro alívio na imigração para a Itália e, de lambuja, ainda arranja uma sutura nas chagas abertas pela colonização.  

               

29 agosto 2008

Meritocracia & Mediocracia: Poder, dinheiro, política e os idealistas


   Muitos criticam veementemente a busca, (que chamam de “insana”), pelo poder e pelo dinheiro. Outros criticam o poder por ele envolver uma política suja. Criticam pelo ponto de vista daqueles que pouco detêm o poder e o recurso pecuniário, ou por serem castrados como eunucos. E é para esses críticos da ânsia humana pelo poder e/ou pelo dinheiro, e enojados da política, que escrevo hoje.

   Desde os tempos mais remotos, quando os homens se associaram em grupos sociais, o poder esteve presente como elemento intrínseco à natureza do humano. A formação de grupos sociais surgiu da constatação de indivíduos isolados de que não era possível sobreviver frente às vicissitudes do mundo de forma disjunta. A associação tornou-se um escudo facilitador na aquisição de alimentos, abrigo, defesa, e reprodução. Nestes grupos, aos poucos, destacaram indivíduos mais capacitados na obtenção desses recursos, e por sua vez, desenvolveram estruturas hierárquicas baseadas na força e capacidade. Estas estruturas hierárquicas criaram uma graduação de poder. O chefe do clã alcançava mais recursos alimentares, abrigo e defendia melhor do que os outros; por esta razão se instaurava em posição de poder. O poder passa a tirá-lo da condição de simples membro de uma coletividade unida por interesses comuns, e o põe em estado de quase autonomia. E aí está a resposta para a questão da busca do poder: a autonomia.

   Na moderna sociedade humana, o animus potere permanece o mesmo. Mudam-se os tempos, o animus ganha novos instrumentos e uma nova roupagem, mas em essência, continua o que era nos tempos mais remotos da humanidade. O homem moderno prossegue, sem pestanejar, na sua busca pelo poder. Vorazmente se lançando sobre o mundo social e natural em busca da autonomia; da liberdade que o livrará das ingerências dos outros indivíduos da coletividade e da suscetibilidade às forças da natureza. É óbvio que essa autonomia não é absoluta, e sim, menor.

   Necessito, antes de continuar a falar de poder, deixar clara minha postura quanto à pecúnia ou dinheiro. Percebo que a busca incessante pelo dinheiro é a procura pelo poder que esse dinheiro oferece. O poder de ser mais autônomo do que os outros. O dinheiro, antes de ser objetivo, é meio. Através de um exemplo abstrato explico: O dinheiro seria como os degraus que levam à ponte do poder, e essa ponte do poder é o caminho elevado que leva à autonomia. Conquista-se dinheiro para se alavancar sobre a plebe, e com poder nas mãos, possa atravessar a distância que separa o homem coletivo, do homem livre, ou mais livre. O dinheiro é, portanto, um meio de alcance do poder. Daí a luta por dinheiro.

   Mas assim como os primeiros chefes tribais descobririam milênios atrás, o homem com capacidade de angariar recursos, pode, por meio do poder adquirido por essa sua capacidade, transferir essa obrigação a outros, e dessa forma, pelo puro poder, se saciar. O que não é um mal por si só.

   O pior está porvir. Em um determinado momento, o que era poder do mérito, da capacidade individual daquele sujeito, transforma-se em puro status. O status, modernamente, pode sobrevir de diversas formas que não são necessariamente meritórias. Não é raro vermos governantes que obtêm poder sem mérito. Eclode um novo ponto: O homem que desejava autonomia em face da coletividade, e usava da capacidade meritória para alcançar esse escopo, passa a desejar garanti-la pelo status não meritório. Configura-se uma sociedade mediocrática, e não meritocrática.

   O poder conquistado pelo mérito deixa de ser o alicerce de uma sociedade baseada na meritocracia, e, com a ascensão de indivíduos sem mérito, nascem instituições e mecanismos sociais que privilegiam o status não meritório. Desabrocha a sociedade dos medíocres: A mediocracia plebéia! Onde qualquer um sem capacidade pode galgar o poder. Vejam, não estou defendendo uma postura contrária ao acesso de todos ao poder; muito pelo contrário, o que defendo é o mérito para o poder.


   A política brasileira reflete muito dessa condição. Vejam o horário eleitoral e isso poderá ser constatado. Uma massa de pessoas incapacitadas aspiram a um cargo público. Querem governá-lo, enquanto as pessoas capacitadas por um nojo ou orgulho idealista, se abstém de participar do que eles chamam de “jogo sujo” da política. De quem é a culpa por vivermos sob uma mediocracia? Entre outros fatores, a culpa recai também sobre os ombros dos indivíduos capacitados que escondem suas cabeças na terra como avestruzes. Abrem seus livros e praguejam contra os impostos e a política enquanto nada prático fazem; falam sobre idealismos de toda estirpe como maritacas, e levantam o queixo quando convidados a entrar no "campo de batalha" na trincheira contrária aos medíocres. Preferem a pena e o livro, e se olvidam comodamente de que se trouxessem a coragem de aliar a pena e o “canhão”, seriam imbatíveis. Dizem não querer sujar as mãos, e que a vida política pode contaminar. Mas digo a todos esses: Se temem tanto serem corrompidos pela sujeira, e se negam a segurar suas vassouras, é visto que não estão tão certos de serem limpos. São tão medíocres quanto os que criticam! Sentem temor por serem suscetíveis à sujeira, porque essa, está guardada por debaixo de algum tapete!

"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam"
Arnold Toybee

26 agosto 2008

Richard Lynn: QI e religiosidade


O pesquisador, Richard Lynn, (professor da Universidade do Uster, na Irlanda do Norte, e Ph.D por Cambridge), publicará uma pesquisa científica defendendo que indivíduos ateus possuem QI superior aos que professam alguma crença. Conhecido por pesquisas que comparam a inteligência entre raças, agora apresenta uma pesquisa onde relaciona inteligência e religiosidade.

A pesquisa foi realizada entre povos diferentes, e entre indivíduos de uma mesma sociedade. No primeiro foram feitas pesquisas em cerca de 137 países, onde ficou constatado que em 23 desses países onde os índices medianos de QI são os mais altos, o número de ateus declarados ultrapassam os índices de 20% do total populacional. Nesta primeira etapa de pesquisa, países com 1,95% da população declarada atéia, os índices médios de QI giram em torno de 64 a 86 pontos. Enquanto em países que registraram quase 17% de ateus, os índices de QI alcançam 87 a 108. Na segunda etapa, foram relacionados jovens norte-americanos, e descobriu-se que, no cruzamento entre religiosidade e desempenho intelectual, os jovens com menor grau de religiosidade apresentavam maior desempenho intelectual nas pesquisas.

Foram constatadas “exceções” ao padrão observado. Por exemplo Cuba, onde apesar de 40% da população se declarar ateu, o índice de pontuação no QI alcança uma média de 85. Teoricamente, com 40% de ateus na população, o índice QI deveria se elevar ainda mais. Entretanto, explica-se pelo ateísmo forçoso da maioria da população pelo regime comunista, e ainda pela não presença na pesquisa da religiosidade velada (aquela na qual o indivíduo não se define como religioso, mas possui uma religiosidade alternativa e subjetiva). O Vietnam, outro país que apresenta discrepância do padrão registrado mundialmente, o ateísmo chega a 81% e a pontuação do QI alcança 94. Fatores da religiosidade velada e da maciça propaganda comunista podem ter criado uma variante artificial neste caso também.

Um ponto de grande discussão é os EUA, onde quase 90% da população afirmam acreditar em Deus, e o QI gira em torno de 98%. Richard Lynn diz não ter uma explicação para o fato. Eu, pessoalmente, arrisco explicar. A mentalidade americana preponderante distancia da de outros países por ter sabido congregar a religiosidade com o pensamento "aberto". Não é difícil ver um empresário capitalista, íntimo de práticas predatórias de mercado, educado nos sistemas educacionais científicos, vê-lo aos domingos orando como um convulsivo numa igreja presbiteriana. Sem contar o fato de boa parte das escolas americanas manterem nos seus quadros educacionais ao mesmo tempo educação religiosa e ciência. Os EUA parecem ter conseguido criar uma mentalidade coletiva onde religião e conhecimento se congrega ao invés de entrarem em embate.

A pressão social parece ser um fator de desvirtuação da pesquisa. Segundo Lynn “(...) nós temos que diferenciar a situação hoje com outros períodos da história. As pessoas tendem a adotar uma atitude de acordo com a sociedade em que vivem. Hoje em dia, na Grã-Bretanha e em outros países europeus, não há tanta pressão da sociedade para que você acredite em Deus”. E parece ser o caso oposto nos EUA, onde a religiosidade americana é forte, mas há um grau ainda maior de amor pelo conhecimento e liberdade científica.

É fácil entender que alguém que teve acesso ao conhecimento rejeite os padrões religiosos. Tenho um amigo que era religioso, vivia buscando explicações no mundo da religião: bíblia, satanismo, etc. Mas depois do contato com a ciência e o mundo do conhecimento se tornou um ateísta convicto. Por outro lado, conheço pessoas extremamente religiosas que demonstram ter grande capacidade cognitiva. Pelo meio, reconheço em pessoas da ciência que mantêm uma distância respeitosa pelo mundo religioso, e vice-versa. Entretanto, reconheço que se trata de exceções os três últimos, enquanto os primeiros seguem um padrão majoritário entre conhecimento e ateísmo.

Sinceramente, a pesquisa é importante, abre um caminho para pesquisas ainda mais apuradas. Mas, convenhamos, não é preciso de tanto. Na vida cotidiana vemos claramente essa relação religiosidade/inteligência. É algo que a observação nos dá de presente. Óbvio que o método científico nos traz uma maior certeza, mas não dá para ignorar fatos tão límpidos que nos chegam todos os dias. E não são somente esses; observem o mundo, seja crítico e lógico, e verá. Que o diga Charles Murray, Noam Chomski, e James Watson. Vide ainda em: Diferenças entre raças.

Para saber mais:

Site pessoal de Richard Lynn: Richard Lynn.

Entrevista à revista Época: Entrevista.

25 agosto 2008

A Ciência e o falsificacionismo

    Entre os diversos estudiosos que buscaram delimitar o que é científico e o que é pseudociência, está Karl Popper. Ele defendia que a condição científica de uma teoria se baseava na sua falseabilidade. Ou seja, se há uma teoria, ela pode ser falseável. O âmbito científico, portanto, seria estabelecida pela característica provisória e mutável. 

   Popper não exclui a metafísica e/ou pseudociência, ele delimita a fronteira da ciência com base no conceito da falseabilidade. Entende ele a importância das pseudociências e do método indutivo na criação ou germinação de novas teorias para o crivo do mundo científico. Mas Popper vai mais além, quando diz que o sentido/razão de teorias tidas como científicas podem ser menos comprováveis do que muitas teorias tidas como pseudociência. Colocando em xeque as teorias que aceitavam um fato ou teoria com base na aceitação de nexos lógicos construtivos simples. Para ele, dois são os fundamentos na averiguação: A crítica lógica e o confronto com os fatos. 

    É interessante observar que Popper não refuta o empirismo. Ele inclui um método de abordagem novo para interagir com o clássico. Em outras palavras, Popper chama a atenção do mundo científico para o método da falseabilidade, fortalecendo o poder de comprovar a aceitabilidade de uma teoria com a conjugação dos métodos de observação/experimentação científica, e a verificação proposta por ele. Trocando ainda mais em miúdos, se construir, busque destruir. Se sobreviver, saiba que poderá ser considerada falsa no futuro. Mas enquanto não é, aceite sabendo que ainda é uma teoria sujeita à falseabilidade. Ele defende que quanto maior a exposição de uma teoria à refutação, maior será sua credibilidade. Entretanto, nenhuma teoria é 100% verdade, mas pode ser aceitável para aquele momento.

    Popper é sabedor da necessidade de conjecturas amplas. Ele entende que quanto maior o número de conjecturas, maior serão os avanços científicos quando a busca por comprovação fizer o seu papel. Mas também defende que as teorias elaboradas por meio do método indutivo, tendem a absorver pré-conceitos e objetivos tendenciosos. E isso vem sendo feito a torto e a direito na ciência. Quantas vezes vemos pesquisas tidas como científicas que são completamente tendenciosas? Definitivamente, especular por meio de teorias necessita mais de comprovações do que de premissas. As comprovações podem ser tendenciosas, mas estarão sempre expostas às novas tentativas de refutação e derrubada; enquanto premissas tendenciosas, acabam gerando dogmas difíceis de serem destruídos. Tanto as conjecturas quanto as refutações são importantes para ciência, e é nessa balança, que deve estar razoavelmente equilibrada, onde se estabelece o método científico.

"O método da ciência é o método de conjecturas audazes e engenhosas, seguidas de tentativas rigorosas de falseá-las”.

Karl Popper.

    Mas não se esqueçam: se é assim, até a falseabilidade de Popper pode ser falsificável!

A pré-sal e o Rei Molusco


"O PRETÓRIO é de nóis, companhêro!" _ Disse o Rei com dedo em riste, e toda a plebe aplaudiu entusiasmada!

     Seguindo os péssimos exemplos dos seus compadres venezuelanos e bolivianos, o Molusco aprova por esses dias a capitalização da Petrobrás, e conseqüentemente, da participação do Estado na companhia. Seria uma tentativa de gerenciar parte da economia? A julgar por suas declarações ufanistas, parece que sim. O Molusco tem feito um lobby danado para estatizar a Petrobrás; pessoas ligadas ao Planalto disseram que o governo teme a participação acionária das empresas estrangeiras, e quer aumentar a fatia estatal dos atuais 40% para 60%! 

      A preocupação aumenta ainda mais quando lemos que economistas divulgaram estudos apontando que a Petrobrás terá em 2020 uma participação de 10% do PIB (Produto Interno Bruto). Se 10% da economia estará nas mãos do Estado, e esses 10% nem contam as reservas do pré-sal que se calcula o valor por volta de 3 a 5 trilhões de dólares; podemos dizer que estamos n’água! (poderia ser no "sal").

É de enlouquecer. A Petrobrás é líder em tecnologia de exploração de petróleo em alto mar devido a participação privada no bolo acionário. Caso a estatização ocorra _ e deve ocorrer ainda esse ano _ o Estado que não consegue gerir setores básicos como o de saúde e educação, fará a “façanha” de envenenar a gerência desse setor.

      O Molusco parece querer retomar as velhas campanhas populistas e ufanistas do Estado Novo e dos militares. Ele já se acha o maior estadista da história do Brasil, e agora em suas alucinações amanheceu na granja gritando os velhos slogans. E na mesma semana dessa avalanche de insanidade, o conceituado jornal chileno, “El Mercúrio”, divulga pesquisa que aponta o Molusco como o terceiro governante com maior aprovação na América Latina. E nós, os cupins, que vamos pagar a conta do insipiente Rei Molusco.

DELENDA LULA!

24 agosto 2008

YANG E LIN

Por: Percival Puggina

Sendo o ser humano limitado, não parece fora de propósito admitir que haja um limite para tudo que lhe diga respeito. Entre outras, de um lado, a bondade, a retidão, a paciência, a inteligência, e de outro lado, a maldade, a falsidade, a intolerância, a burrice. Todas, todas têm limite. Existem barreiras inexcedíveis.

Pois tive a nítida impressão de que um limites foi ultrapassado quando soube que Lin Miaoke, a menina bonitinha que cantou na abertura dos Jogos Olímpicos, estava fazendo mímica, e que a verdadeira cantora, a da voz maviosa, era outra criança, Yang Peiyi, que teve seu talento roubado. A autoria do crime deve ser atribuída às autoridades chinesas responsáveis pela organização do evento. A criança que vimos cantando foi, também ela, usada para a impostura. Era tamanho o compromisso com a perfeição que não se podia admitir uma cantora com dentes desalinhados. A grande festa do talento esportivo mundial iniciou com uma mistificação. 

Creio que o fato impõe ao mundo uma reflexão sobre os excessos a que nos está levando a cultura da beleza. É verdade que o totalitarismo chinês faculta tais abusos e usurpações. Aquele regime desumano, que tantos seguidores já teve, favorece o arbítrio, a brutalidade e o desrespeito à dignidade da pessoa humana (imagine, leitor, a pequena Yang, em casa, assistindo a outra cantar com sua voz!...). Mas é igualmente verdade que os chineses fizeram isso porque apresentavam o espetáculo com maior audiência na televisão mundial, cientes de que esse público esperava a perfeição, inclusive num par de pequenos dentes incisivos centrais. Esperava? Esperava. O pior é que esperava. Não duvido de que bilhões de pessoas, quando a câmera de tevê se fixasse sobre a pequena Yang, em vez de centrarem a atenção na refinada pureza de sua voz, exclamariam: &quotOlha os dentinhos dela!". 

O que está acontecendo conosco? Qual o limite desse culto à beleza física, dessa corrida às cirurgias plásticas, dessa ridícula, inútil e frustrante busca da eterna juventude? Enquanto decai, em tudo mais o bom gosto, enquanto aumenta o desinteresse pela poesia, pela boa música, pela boa arte, buscamos a perfeição dos narizes, abdomens, seios e bundas. O que fizeram com as meninas Lin e Yang é evidência dessa insanidade geral. E tanto envolve algo realmente insano que o assunto só se tornou público em virtude da presença de jornalistas do mundo livre. Era para permanecer oculto porque até as consciências mais deformadas perceberiam que se produziu ali uma perversidade. Aliás, para 1,3 bilhões de chineses, até hoje, o fato não existiu.

23 agosto 2008

Crepúsculo dos anarco-capitalistas


Quando falamos de liberalismo econômico, alguns se tornam tão... _ como posso dizer _ bizarros, que deixam de fora muitos aspectos reais para se deixarem levar por vertentes utópicas, tomadas como realidades alcançáveis. Esse caminho é traçado pelos liberais radicais (especialmente os anarco-capitalistas, e algumas correntes libertárias, entre eles Tucker, Molinari, Hoppe, Rothbard e D.Friedman – filho de Milton). É questão passiva o reconhecimento da liberdade de iniciativa dentro de um mercado, e o direito de propriedade. São dois baluartes para o próprio progresso. E mais, que o Estado precisa, devido à complexidade econômica que existe na sociedade moderna, conduzir-se pela cautela de controles.

O que quero eu dizer com “cautela de controles”?

Primeiro, a cautela de controles não é a ausência de controles. É o controle racional por meio de regulamentos que garantam o chamado “jogo limpo” do mercado. Esses controles racionais se dão com objetivos pré-estabelecidos. Objetivos esses que nunca podem ser político-ideológicos, e sim, objetivos econômicos, a ver: Leis de controle antitruste, direitos intelectuais e de patente, requisitos de segurança dos mercados e também de saúde e qualidade dos produtos ofertados, entre outros. Esses são papéis que o Estado não pode prescindir.

Quando falamos de livre mercado, ou liberalismo econômico, devemos saber discernir o que é papel do Estado no âmbito dos controles racionais em defesa da própria liberdade, da qualidade e da competitividade; do que é intervencionismo político-ideológico. A postura dos anarco-capitalistas tende sempre a explorar o argumento da maior eficiência de um mercado 100% livre, ou apelar para teorias da natureza, ao que eu concordo teoricamente; mas discordo veementemente quando vejo a realidade como ela é. O mundo natural e suas leis não existem sozinhos. Existe um mundo social presente; um mundo humano atuante. Os dois mundos têm o homem inserido. Quaisquer análises isoladas do que é pretensiosamente “bom” ou “preferível”, pode, e em minha opinião o é, deveras míope quando preterimos um mundo ao outro, e não os integramos em estudo.

Não podemos nos deixar levar por utopismos. É bom o que é útil e praticável, o resto é ladainha de intelectualóides metidos a Moisés. O ideal está sempre muito longe do real. Se apegar loucamente ao primeiro será platônico, e de platônicos os hospícios estão cheios. A realidade, seja ela passada ou presente, deve ser sempre o parâmetro de análise. Sabemos hoje que o sonho dos liberais econômicos radicais é impraticável. E não digo isso por ver o intervencionismo como inabalável, muito pelo contrário, digo isso por entender que, assim como argumentamos que o Estado não tem capacidade de controlar todos os meios de produção e agentes de uma economia cada vez mais complexa; o liberalismo radical também encontra dificuldades por esta mesma razão. O mercado, em alguns casos, cria suas leis, e passa a utilizar-se do poder estatal para conseguir efetiva-las.

Entendo que o liberalismo econômico dos radicais, tende sempre a fugir da realidade que o homem moderno se insere. É para o mundo liberal-econômico, algo semelhante, ao que os comunistas são para o mundo político social-democrata. A economia do século 19 talvez _ e muito talvez _ possibilitaria essa abordagem liberal. Mas hoje, a economia moderna é um, entre aspas, problema muito mais complexo do que a simplória e utópica solução dada pelos liberais radicais.

Mecanismos de controle precisam existir na medida da defesa da própria estrutura de competitividade do mercado. E isso não é um anseio somente meu, _ óbvio que não _, isso é a aspiração dos próprios agentes. Os próprios agentes do mercado sejam eles consumidores, produtores, criadores, etc, que reconhecem o papel do Estado nessa função que, somente por questão de semântica, não é chamado de intervencionismo.

Outro ponto importante é compreender que precisamos separar fatores econômicos dos político-ideológicos. Principalmente no Brasil, onde a tradição de atrelar os dois é tão forte. Muitos estudiosos colocam o intervencionismo como grande problema. Eu, pessoalmente, não vejo assim. Creio que o intervencionismo é apenas um instrumento prático da mentalidade vinculante entre política-ideologia e a economia. A história prática nos ensina que sempre por trás de qualquer ato interventor, há uma idéia político-ideológica. Nela se encontra a raiz do intervencionismo; o ato interventor deixa de ser coisa em si, e passa a ser apenas instrumento de ação.

"Não são homens, são pedras"

"Para que discutir com os homens que não se rendem às verdades mais evidentes? 
Não são homens, são pedras." 
Voltaire.

       Quantos são os cretinos que cheios de confiança derramam condenações morais à corrupção política instalada no país? Quantos entre apresentadores de estúpidos programas de auditório, débeis professores universitários, letrados e iletrados patrões, putrefatos religiosos, omissos pais e familiares, ignorantes amigos, e toda massa medíocre, condenam a culpa e o mau exemplo dos políticos? Certamente muitos! Ah, como os tolos e cegos tendem sempre a serem mais tolos e cegos me surpreendendo em suas baixezas escondidas!

       Não perceberam eles, que se corruptos formam uma conseqüência, a causa se encontra no próprio povo? E novamente não me cesso de perguntar: Não seriam os atos de “furar” uma fila, atravessar uma via pelo canteiro, ou ainda burlar o fisco, exemplos inequívocos de corrupção popular? São realmente os políticos os carrascos, ou simplesmente vítimas de uma algoz mentalidade plebéia e seus ensinamentos?

       E afirmo, com toda imoralidade que me é peculiar: A sociedade brasileira é o grande verdugo dessa história. É ela, a corrupta em toda sua essência. Se hoje os homens de poder são tachados de doutores da corrupção, em outros tempos foram humildes alunos no aprendizado da arte da prevaricação, e tiveram um excepcional professor: O POVO! 

Não preciso dizer nada


Leiam a reportagem que segue, acho que não preciso dizer mais nada!


Lula chama estudantes ricos de "babacas"


Por: LETÍCIA SANDER
enviada da 
Folha de S.Paulo a Juazeiro do Norte (CE)

Em um discurso inflamado durante inauguração de um campus universitário em Juazeiro do Norte (CE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva taxou ontem à noite seus críticos de "babacas" que não entenderam a "revolução" na área da educação.

Lula usou duas vezes a palavra "babaca". A primeira foi ao falar do Prouni (Programa Universidade para Todos), classificado por ele de "idéia genial".

"Quando criamos o Prouni tinha um tipo de gente que fazia discurso assim contra o governo: "ah, estão privatizando a educação", "ah, estão dando dinheiro para universidade particular". Ou seja, os babacas não percebiam que estávamos fazendo uma revolução na educação brasileira", afirmou.

Logo depois, reclamou dos estudantes que protestaram contra a alteração, via Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), que aumenta de 12 para 18 a média de alunos por professor nas universidades federais.

"Aí tinha um tipo de estudante daqueles que vocês sabem, que vai para a reitoria querer bater no reitor. "Ah, 18 alunos é muita gente na sala de aula, 18 alunos vai atrapalhar a educação". O babaca rico que já estudava não queria que o pobre tivesse a chance", disse, evocando o discurso de ricos e pobres, e dizendo que prefere governar para os últimos.

"Eu digo todo dia: governo para todos, não discrimino ninguém. Mas faço como a minha mãe. Se eu tiver um bife, não tem um filho mais bonito que vai comer sozinho não. Todos vão dar uma lambidinha."

Lula fez diversas referências ao próprio passado no discurso. Numa delas, culpou seus antecessores pela violência urbana ao dizer que "a política econômica estabelecida neste país nos últimos 40 anos fez gerar duas gerações de jovens sem oportunidades". Então lembrou ser o oitavo filho de uma família pobre, na qual "ninguém virou bandido, nem nunca roubou um centavo".

Depois, falava da frustração de não ter podido estudar mais - ele não tem curso superior - quando então confidenciou que, se pudesse, teria optado pela economia.

Num momento de preocupação com a inflação e freqüentes críticas de bastidores à atuação do ministro Guido Mantega (Fazenda), ele alfinetou: "Porque economista é uma beleza. Quando economista é oposição, ele tem solução para tudo. Quando ele chega no governo, não tem solução para nada".

O presidente ironizou o desempenho da seleção nas Olimpíadas, ao dizer que "se os jogadores da seleção olímpica tivessem a mesma garra que os estudantes do Prouni, a gente teria agora que disputar medalha no domingo". Alguém da platéia lembrou que o futebol feminino ainda está na disputa.

"Ah, as mulheres são as mulheres... Por isso é que eu sou cada vez mais mulher", aproveitou. Ao seu lado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), tida como o nome do PT para 2010, sorriu. Ao fim do discurso, Lula disse esperar que quem vier depois dele seja melhor. A platéia, formada na maioria por petistas e simpatizantes do governo, interrompeu sua fala aos gritos de "Dilma, Dilma".

Fonte: Folha de SP do dia 21/08/2008

22 agosto 2008

Governo do Molusco: O antro de sindicalistas

    O Brasil ainda não superou o corporativismo retrógrado. Essa semana as centrais sindicais propuseram um aumento da Contribuição Sindical (trata-se de um imposto, mas vai dizer isso para um sindicalista...) esse aumento seria dos atuais um dia de trabalho por ano, para quatro!

    Carlos Lupi, ministro do trabalho e filhote de Brizola, disse _ pretensiosamente imparcial _, que o projeto de acréscimo da usurpação será enviado ao Congresso sem valor definido. Mas se julgarmos pela resposta dada por Paulinho da Força Sindical (Deputado pelo PDT, mesmo partido do ministro Carlos Lupi), a coisa já está resolvida:

“É só enviar que a CUT e a Força conseguem aprovar”.

     O imposto cobrado no contracheque do trabalhador tem como objetivo sustentar uma máfia de sindicalistas que vivem do lobby junto ao Estado marxista; da usurpação dos ganhos do trabalhador; e de chantagens aos empresários. Mas esse é o governo que os sindicalistas pediram a Deus. O trabalhador sem opção, e deslumbrado pela lavagem cerebral de esquerda que os sindicatos fazem, pagará sem pestanejar. 

Lá na Argentina o sindicato dos funcionários da Aerolíneas Argentinas estão dando saltos de alegria. O governo da Cristina comprou a maior parte das ações da falida empresa. Estatizou, e esqueceu de dizer ao povo que quem vai arcar com a dívida de mais de 890 milhões de dólares é ele mesmo. O dinheiro para comprar e para sustentar esse elefante branco sairá dos impostos, ou seja, do bolso do povo argentino. E não me venham com a importância estratégica, pois nesse caso, existem diversas empresas estrangeiras operando no país. O máximo que ocorreria se a empresa fechasse as portas seria as concorrentes ocupando o espaço de mercado dela. 

No direito tem um ditado que diz que quem paga mal, paga duas vezes. No tocante à plebe, vale o de que trabalhador burro, paga várias vezes! 

Ô gente BURRA, viu companheiro !

19 agosto 2008

Geórgia

    A Rússia deu a surra e sai quando quiser. Não adiantou os EUA, a U.E, e a Geórgia chiarem.

     Fica claro que a Rússia conseguiu seus objetivos, a ver:

  • Revidar a falta de apoio dos EUA e U.E à Rússia nas questões referentes aos rebeldes da Chechênia.
  • Dissuadir ou atrasar a Geórgia e outros países do bloco de ex-repúblicas soviéticas de entrarem na OTAN, e esvaziarem o raio de influência de Moscou.
  • Garantir a influência militar, econômica e política na região.
Leia mais em:  

16 agosto 2008

Altas e baixas III

EM ALTA:

PHELPS & CIELO: O primeiro bateu todos os recordes e ganhou todas as medalhas que disputou. O segundo, ganhou duas medalhas para o país. Dois valores individuais.

MOLUSCO: O Molusco virou boneco propaganda. Está muito requisitado para participar das eleições, tem prefeito que fez boneco do Molusco e saiu rua a fora exibindo o fantoche. O que o telefone dele deve estar tocando! Candidatos do Brasil inteiro fazem lobby para arrancar um naco de apoio dele. Que gostosura, hein, apedeuta?

 

EM BAIXA:

EUA: Segundo nova pesquisa, os EUA terão maioria de indivíduos de “minorias” étnicas em 2042. Os brancos serão minoria em um país tradicionalmente de maioria branca. http://afp.google.com/article/ALeqM5hBuDmstjeYq1WbaLVzzxTrCjd6JQ

 

NA MERDA:

NEPAL: O país elegeu Pushpa Kamal Dahal, apelidado de “Prachanda”, ou “o feroz”. Ele é presidente do partido comunista do Nepal, que por sua vez, segue a corrente maoísta.

PARAGUAI: O bispo em recesso, Fernando Lugo, tomou posse como presidente do Paraguai. No discurso de posse enfatizou que realizará todos os seus ideais socialistas. Disse ainda: “Essa mudança não tem vencedores, vencidos, nem proprietários”

14 agosto 2008

Accessorium sequitur principale


      Alas radicais do PT apóiam as intenções de Tarso Genro de punir os militares torturadores do regime militar. Eles argumentam que a anistia fôra "forjada ainda sob o regime militar". Ora, sem a anistia, não haveria transição. Era uma condição imperativa para que ocorresse a transição do regime militar para o democrático e civil. Não só a anistia foi “forjada” durante o regime militar, mas a própria transição para a democracia. Retirar credibilidade da lei da anistia por ela ter sido elaborada sob ingerência do regime militar significa, igualmente, descredenciar a própria transição, já que a mesma também fôra “forjada” durante a era de chumbo. As duas coisas são inseparáveis, foram condições de mudança de um tempo para outro. Agir contra uma, mesmo que pela bandeira da justiça, é dar direito para que setores sociais ou institucionais desse país possam contestar a outra, ou seja, a própria transição ocorrida. Cuidado Platelminto petista! 

Tudo como dantes no quartel de Abrantes

         Na Bolívia, o referendo manteve tudo como dantes no quartel de Abrantes. Evo Morales e os prefeitos das regiões que pedem maior autonomia política e fiscal, rechaçando a nova Carta constitucional do país que determina maior centralização; estão como antes. Regiões ricas do país contestam as medidas centralizadoras e a usurpação do IDH (Imposto sobre Direitos de Hidrocarbonetos), que na prática é a razão da riqueza dessas províncias. E se depender de Morales, continuarão a gritar. Creio que ele até poderá modificar as medidas administrativas centralizadoras, reconhecendo autonomias administrativas, porém, não acredito que sejam devolvidos os recursos fiscais. O povo boliviano entrega o pepino para as autoridades que, como sempre, continuarão a queda de braço.

12 agosto 2008

Nuremberg para terroristas marxistas?

         Vocês que institucionalizaram a esquerda nas urnas, vejam o que acontece quando velhos ressentidos sobem ao poder.

Genro insiste na história de punir militares que agiram durante os anos de chumbo. Duvido que passe pelo Supremo, mas se passar, quero ver as estrelas do terrorismo marxista brasileiro pipocando no banco dos réus. Gente como Franklin Martins, Fernando Gabeira, os irmão César e Cid Benjamin do MR8; Nilmário Miranda da ALN; José Dirceu da MOLIPO; Carlos Minc e Dilma Roussef da VAR-Palmares; José Genoino da Guerrilha do Araguaia; Fernando Pimental da VPR; Raul Pont do POC;  e o próprio Genro do PRC onde militou também a Marina Silva. Vai ser uma festa que só vendo mesmo. Genro deve estar confiando demais no próprio taco. 

Quanto às indenizações, a política é completamente míope. Por um lado as indenizações que configuram enriquecimento ilícito, como no caso do cartunista Ziraldo, que não teve ninguém morto na família sofrendo pouco em relação a outras vítimas do regime militar, que recebeu R$ 1 Milhão mais uma pensão mensal de R$ 4.300,00. Enquanto isso, parentes de pessoas mortas pelo regime, receberam indenizações ridículas, muitas abaixo do valor que a justiça costuma dar a qualquer constrangimento no Estado Democrático.

Sabe o que é isso para mim? É o estrelismo de esquerda. Quanto maior o seu destaque durante ou posteriormente ao regime militar, maior as suas chances de ganhar na mega sena dos ressentidos. Se você foi ou é artista (nem precisa ser muito conhecido não); terrorista, pensador de biblioteca universitária, estudante que chorou com o gás lacrimogêneo (Arquivo da Veja), ou alguém que foi fazer pós-graduação no exterior e depois se faz de exilado político; terá direito a uma indenização volumosa, que te exonera de qualquer trabalho até o fim da vida. É o melhor negócio que há no Brasil ao lado do futebol e do tráfico.

_"Tantos anos de vida verminosa valeram a pena" _ é o que devem pensar todos aqueles amantes de Lênin e companhia. Já os que quase nada fizeram, mas estendem a mão para receber o "deles", são os que corriam para o prédio da Imprensa Nacional quando os militares desciam com a cavalaria. Antes revolucionários covardes; hoje aproveitadores.

Está tudo muito louco mesmo. E não é só no Brasil; o mundo se entregou a essa onde de “politicamente correto”. Para avacalhar de vez, por que não começam a dar essas indenizações para as "vítimas" das políticas públicas democráticas? As favelas estão cheias dessas "vítimas" da saúde precária; da falta de segurança pública e outras medidas displicentes do Estado Democrático de Direito. Aliás, to pensando que eu também posso conseguir uma indenização dessas. Quem sabe eu digo que fui torturado na barriga da minha mãe, ou que fui espancado com alguns meses de vida por soldados. Se é festa, deixa eu dançar também, companheiro!

11 agosto 2008

Paranóia não, Individualismo sim!

       Os individualistas costumam criar uma certa paranóia com a palavra “coletivo”. Não é difícil ver um individualista fazer cara de quem comeu e não gostou ao ouvir esta palavra. Tudo que cheira a “coletivo” leva um individualista paranóico a sentir asco imediato.

O que não entendem é que, muitas vezes, o coletivo se apresenta apenas como uma questão semântica, significando na prática em certas conjunturas, um individualismo em contexto coletivo. Para quem ficou com a pulga atrás da orelha, explico. Imaginem um time de futebol ou basquete, são esportes coletivos que preconizam a cooperação dos seus membros, e a submissão a regras e esquemas de jogo predefinidos, caso o time queira ser vencedor. Seria um micro-cosmos do que vemos em nível social. Seria, mas não é bem assim. No caso de um esporte coletivo como o futebol, as vontades individuais se expressam com grande vigor na medida que cada um que está ali, pensa nos benefícios que receberá pelo trabalho individual. Um jogador de futebol que dá um passe para o colega melhor colocado para fazer o gol está, em verdade, pensando em si mesmo. Ele sabe que o time vencendo, seus direitos federativos valorizarão, e pelo fato dele sempre ter 15% de qualquer negociação, fica óbvio que ele ajuda o colega para que esse o ajude. Isso é chamado popularmente de relação de via dupla.

A confusão nasce quando individualistas tomados pela paranóia, exacerbam o contexto, e acabam cegos. Onde há cooperação exercida pela vontade e interesses individuais, eles vêem coletivismo. Onde há uso semântico da palavra “coletivo”, eles ativam a glândula do alerta, e deixam de analisar o fato em si, preocupando-se e aceitando de pronto, o termo posto. Sei que muitos dirão que preferem errar pelo exagero que pela falta. Mas veja, se você tem capacidade de discernir entre o que é, e o que não é, porque ignorar essa aptidão e correr o risco de não usufruir algo por preguiça mental e paranóia individualista?

O individualismo não é a fuga da cooperação de interesses, e sim, a prerrogativa de exercer escolhas de acordo com o seu interesse individual. Um arquiteto que trabalha com outros arquitetos em um projeto de grande porte, não é um coletivista, ele está pensando no seu nome que estará na assinatura do projeto; no dinheiro ou nas portas que abrirão para ele. Isso é cooperação interesseira, são interesses convergentes. O individualismo não é isolamento, é opção. É a consciência e o exercício de sua capacidade de escolha dentro dos contextos, sejam eles em grupos ou não.

A história nos ensina que os grandes avanços da humanidade foram feitos por indivíduos. São sempre descobridores, inventores, pensadores, governantes, cientistas, artistas, etc, que mudam o mundo; quase sempre eles são preponderantes, mesmo quando estiveram em um contexto coletivo. Muitos podem ajudar, mas é sempre um que se avulta pela capacidade e competência individual. Esta é uma lei natural; está inerente à natureza humana. Somos interesseiros e egoístas por natureza; assim como sempre fomos cooperativos quando os interesses pediam; e não devemos ter nenhum pudor em ser assim, afinal, somos o que somos.

Fica aí o alerta e o conselho. 

09 agosto 2008

Altas e baixas II

EM ALTA:

         McCAIN: O candidato à presidência dos EUA está quebrando as previsões tendenciosas da mídia ao alcançar empate técnico com o candidato da Obamafilia. Hoje, McCain disse que não dará subsídios estatais ao Etanol. Nas palavras dele:

"Eu acredito em combustíveis renováveis. Eu não acredito em subsídios aos etanol, mas eu acredito em combustíveis renováveis."

E completou:

"Minha missão e meu trabalho, como presidente dos EUA, será assegurar que todos os mercados do mundo estejam abertos aos seus produtos".

OAB: O lobby da OAB para blindagem dos escritórios de advocacia conseguiu deferimento parcial.

EM BAIXA:

PP-SP: O Partido Progressista de São Paulo teve suas contas vetadas pelo TRE, e não receberá o fundo partidário. (A tal esmola que o governo dá aos partidos com nosso dinheiro).

PAÍSES AFRICANOS: Depois das crises xenófobas na África do Sul, e o golpe militar na Mauritânia, a Guiné-bissau corre o risco de sofrer um golpe de Estado.

MARCOS VALÉRIO: Depois da poeira dos escândalos terem baixado, Marcos Valério responderá a processo em Belo Horizonte por sonegação. Além dele, estão no pólo passivo da lide, a mulher dele e sócios.

GOVERNO BRITÂNICO: Nacionalizou o banco Nothern Rock que estava em crise de liquidez.

NA MERDA:

PAUL NEWMAN: O ator americano está com um câncer “terminal” (“terminal” para ele, Paul Newman, porque o câncer está vivinho), tendo apenas quatro semanas de vida.

PERVEZ MUSHARRAF: O presidente paquistanês Pervez Musharraf está prestes a sofrer um impeachment.

MADDIE: A garotinha britânica raptada em terras lusas pode estar em mãos de pedófilos. É o que informam as autoridades que investigam o caso.

Guerra no Cáucaso: Rússia e Geórgia entre rebeldes da Ossétia do Sul e Abcázia

        O conflito que estourou no Cáucaso já tem um saldo de mais de 1.500 mortos, é o que informam as autoridades georgianas. A região que é muito instável, ficando reconhecida pela guerra da Chechênia, adquiriu mais pólvora com o atual confronto entre separatistas da Ossétia do Sul (no norte da Geórgia) e Abcázia (oeste).

         Os rebeldes da Abcázia se aproveitaram da guerra entre a Federação russa e a Geórgia para se rebelarem também. Exigem a independência assim como a Ossétia do Sul. Ambas as regiões são consideradas autônomas “De jure”, porém, adquiriram uma certa independência “De Facto”.

As terras mais beligerantes são as da Ossétia do Sul, que é uma minúscula região ao norte da Geórgia que possui uma população de cerca de 70.000 habitantes! Destes, 45.000 são ossetas e o restante de georgianos. No sul da Rússia, existe a Ossétia do Norte, região federada à Moscou. Esse povo está sonhando ao achar que conseguirão formar uma “grande Ossétia”, unindo os do norte e os do sul. A Ossétia do Sul conseguindo a sua independência eu já duvido por conta do número reduzido de habitantes e sua insignificância para a comunidade internacional, mas mesmo que consigam, imagina se a Rússia vai permitir a independência da Ossétia do Norte...

Por outro lado, o governo da Geórgia, aliado dos EUA, está numa sinuca de bico. Vê o poderio militar russo dentro do país, e rebeldes de sudoeste e norte se rebelarem ao mesmo tempo. Os EUA e a OTAN cruzam os braços, enquanto o conflito já acumula mais de 2.000 mortos, segundo o embaixador russo no país. A despeito dos números de parte a parte, o fato é que os mortos dessa nova guerra ultrapassam os do começo da década de 90 na região. 

         A exemplo do ocorrido na Chechênia, eles vão lutar como Davi contra Golias, e como aprendemos na prática (diferentemente do que conta o livro de historinhas que chamamos de Bíblia), no mundo real, raramente os fracos ganham. Resta saber quem fará o papel de Davi; se são os gergianos perante a Rússia ou os rebeldes diante da Geórgia. O certo é que a OTAN, a ONU, e os EUA continuaram com a serenidade de Buda, e o palavrório salomônico.

08 agosto 2008

Europa: Entre a Rudeza imigrante e a moleza arquejante II


Leram a afirmação do Janer Cristaldo? (Leia aqui: Europa).

Pois é, resolvi prestar mais atenção nas notícias policiais de Portugal para poder constatar ou não se a mídia européia, na ânsia de serem “politicamente corretos”, usavam a imagem e identificação dos europeus, e omitiam os nomes quando se tratava de imigrantes de países pobres.

Nos últimos dias os noticiários portugueses largaram o caso sem “novas” da pequena Madeleine de lado e só falam de um assalto ocorrido em Lisboa. (Leia a notícia no site da RTP de Portugal: brasileiros). O surpreendente é que na reportagem que fala sobre a tentativa de assalto ocorrido num banco lisboeta, não são mencionados os nomes dos dois assaltantes brasileiros que tentaram assaltar o banco. Em contrapartida, na reportagem sobre o caso Madeleine, o nome de Robert Murat, cidadão britânico, e portanto europeu, aparece com todas as letras na condição de suspeito. (Leia a reportagem do caso Madeleine aqui: Robert Murat).

É a boa vontade para com os refugiados do terceiro mundo, e a injustiça maçante dos cidadãos europeus pelos próprios europeus. É a nova justiça moral dos europeus: Se você recebe o rótulo de "pobre coitado", "africano", "muçulmano não-terrorista"; você estará feito, eles entregam até a própria mulher como no costume esquimó. E chamam isso de “politicamente correto”!