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26 agosto 2008

Richard Lynn: QI e religiosidade


O pesquisador, Richard Lynn, (professor da Universidade do Uster, na Irlanda do Norte, e Ph.D por Cambridge), publicará uma pesquisa científica defendendo que indivíduos ateus possuem QI superior aos que professam alguma crença. Conhecido por pesquisas que comparam a inteligência entre raças, agora apresenta uma pesquisa onde relaciona inteligência e religiosidade.

A pesquisa foi realizada entre povos diferentes, e entre indivíduos de uma mesma sociedade. No primeiro foram feitas pesquisas em cerca de 137 países, onde ficou constatado que em 23 desses países onde os índices medianos de QI são os mais altos, o número de ateus declarados ultrapassam os índices de 20% do total populacional. Nesta primeira etapa de pesquisa, países com 1,95% da população declarada atéia, os índices médios de QI giram em torno de 64 a 86 pontos. Enquanto em países que registraram quase 17% de ateus, os índices de QI alcançam 87 a 108. Na segunda etapa, foram relacionados jovens norte-americanos, e descobriu-se que, no cruzamento entre religiosidade e desempenho intelectual, os jovens com menor grau de religiosidade apresentavam maior desempenho intelectual nas pesquisas.

Foram constatadas “exceções” ao padrão observado. Por exemplo Cuba, onde apesar de 40% da população se declarar ateu, o índice de pontuação no QI alcança uma média de 85. Teoricamente, com 40% de ateus na população, o índice QI deveria se elevar ainda mais. Entretanto, explica-se pelo ateísmo forçoso da maioria da população pelo regime comunista, e ainda pela não presença na pesquisa da religiosidade velada (aquela na qual o indivíduo não se define como religioso, mas possui uma religiosidade alternativa e subjetiva). O Vietnam, outro país que apresenta discrepância do padrão registrado mundialmente, o ateísmo chega a 81% e a pontuação do QI alcança 94. Fatores da religiosidade velada e da maciça propaganda comunista podem ter criado uma variante artificial neste caso também.

Um ponto de grande discussão é os EUA, onde quase 90% da população afirmam acreditar em Deus, e o QI gira em torno de 98%. Richard Lynn diz não ter uma explicação para o fato. Eu, pessoalmente, arrisco explicar. A mentalidade americana preponderante distancia da de outros países por ter sabido congregar a religiosidade com o pensamento "aberto". Não é difícil ver um empresário capitalista, íntimo de práticas predatórias de mercado, educado nos sistemas educacionais científicos, vê-lo aos domingos orando como um convulsivo numa igreja presbiteriana. Sem contar o fato de boa parte das escolas americanas manterem nos seus quadros educacionais ao mesmo tempo educação religiosa e ciência. Os EUA parecem ter conseguido criar uma mentalidade coletiva onde religião e conhecimento se congrega ao invés de entrarem em embate.

A pressão social parece ser um fator de desvirtuação da pesquisa. Segundo Lynn “(...) nós temos que diferenciar a situação hoje com outros períodos da história. As pessoas tendem a adotar uma atitude de acordo com a sociedade em que vivem. Hoje em dia, na Grã-Bretanha e em outros países europeus, não há tanta pressão da sociedade para que você acredite em Deus”. E parece ser o caso oposto nos EUA, onde a religiosidade americana é forte, mas há um grau ainda maior de amor pelo conhecimento e liberdade científica.

É fácil entender que alguém que teve acesso ao conhecimento rejeite os padrões religiosos. Tenho um amigo que era religioso, vivia buscando explicações no mundo da religião: bíblia, satanismo, etc. Mas depois do contato com a ciência e o mundo do conhecimento se tornou um ateísta convicto. Por outro lado, conheço pessoas extremamente religiosas que demonstram ter grande capacidade cognitiva. Pelo meio, reconheço em pessoas da ciência que mantêm uma distância respeitosa pelo mundo religioso, e vice-versa. Entretanto, reconheço que se trata de exceções os três últimos, enquanto os primeiros seguem um padrão majoritário entre conhecimento e ateísmo.

Sinceramente, a pesquisa é importante, abre um caminho para pesquisas ainda mais apuradas. Mas, convenhamos, não é preciso de tanto. Na vida cotidiana vemos claramente essa relação religiosidade/inteligência. É algo que a observação nos dá de presente. Óbvio que o método científico nos traz uma maior certeza, mas não dá para ignorar fatos tão límpidos que nos chegam todos os dias. E não são somente esses; observem o mundo, seja crítico e lógico, e verá. Que o diga Charles Murray, Noam Chomski, e James Watson. Vide ainda em: Diferenças entre raças.

Para saber mais:

Site pessoal de Richard Lynn: Richard Lynn.

Entrevista à revista Época: Entrevista.