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NOTÍCIA E OPINIÃO

Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

24 novembro 2008

A SUPERECONOMIA NORTE-AMERICANA DO SÉCULO XIX E OS MAGNATAS


Escrito por Charles R. Morris, “Os Magnatas”, é um livro que pretende ser uma biografia de quatro grandes personagens da história norte-americana: Andrew Carnegie, John Rockefeller, Jay Gould, e J.P Morgan. O livro aborda a vida pessoal e profissional desses protagonistas e de fundo a realidade e o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos no século XIX. Entretanto, vai além de uma biografia. O livro é um verdadeiro raio-x da sociedade americana do século XIX. Temas como a guerra civil, os bastidores da política, aspectos sociais, técnica, inovação, contexto internacional, e uma apurada análise da economia norte-americana em diversos momentos, fazem do livro não só uma biografia simplória dos quatro magnatas, mas um portfólio de informações sobre a história e sociedade norte-americana.

O livro explora vários aspectos econômicos daquele tempo, exemplificando abundantemente as façanhas tecnológicas e inventivas dos homens que fizeram a América. A ênfase nos quatro grandes magnatas se faz não somente por eles serem homens que alcançaram riqueza e fama, mas também por eles serem um exemplo sublime do empreendedorismo e gênio norte-americano; e ainda por terem estabelecido uma era de prosperidade e avanços só igualados no século XX; embora sem a proeza da originalidade daquele tempo.

No primeiro capítulo, Morris cita um discurso de Lincoln durante a primeira campanha eleitoral:

“(...) melhor para todos deixar que cada homem seja livre para adquirir propriedade o mais rápido que puder. Alguns vão ficar ricos. Não acredito em uma lei para evitar que um homem enriqueça. (...) queremos dar ao homem mais humilde uma chance de ficar rico igual a de todos os outros.”

Outra importância de Lincoln foi o foco dado por ele ao talento norte-americano pela inovação. Nessa passagem vemos essa característica denunciada pelo autor:

“Nós, aqui nos Estados Unidos, achamos que descobrimos, inventamos e aperfeiçoamos mais rápido que qualquer nação européia. Eles podem achar que isso é arrogância, mas não podem negar que a Rússia nos chamou para lhe mostrar como construir barcos a vapor e ferrovias.”

No segundo capítulo intitulado de “A glória do ianque simplório”, o autor explora ainda mais a superioridade do gênio norte-americano sobre os outros povos. Ele põe o contexto de uma exposição internacional de tecnologia realizada em Londres: a exposição do Crystal Palace. Nesse evento, inventores, técnicos, mecânicos, engenheiros, industriais, descobridores e toda uma gama de americanos comuns surgiam com inovações nunca vistas no velho mundo. A Europa, e em especial a ex-metrópole, via e não podia acreditar que os norte-americanos estavam tão avançados, superando em muito, a técnica e engenharia européia.

Os britânicos acostumados a verem os inventores e produtores americanos como sendo utilitaristas, produzindo cinzeiros, barras de sabão e saleiros de mesa; tiveram que engolir a seco o “boom” inovador que o país vivia já na metade do século XIX. Armas, indústria náutica, maquinário, etc. Os americanos estavam muito a frente.

Após a exposição, estavam todos convencidos de que a América era um gigante adormecido, mas que estava por despertar.

O autor credita a liberdade, capacidade e aceitação inventiva (cultura da inovação), educação, facilidade para abrir empresas, menor mão do Estado, como responsáveis pela avalanche de desenvolvimento norte-americano. Os recursos naturais existiam em abundância, mas não eram fundamentais para que a América se tornasse uma potência industrial, superando em menos de cinco décadas todas as outras potências.

As fazendas Bonanza eram um marco do poder de produção e revolução que os norte-americanos foram capazes de fazer. Eram fazendas de grande extensão, mas mais do que isso, trabalhavam sob um sistema industrial. Nas palavras de Morris:

“Fazendas Bonanza, assim chamadas por seus lucros enormes, eram fazendas de milhares de hectares com um gerenciamento de produção no mesmo estilo do das fábricas, a máxima mecanização, quadro de empregados residentes reduzido, grande dependência de trabalho sazonal e normalmente com proprietários/investidores não-residentes. As operações se organizaram e padronizaram a tal ponto que eram desempenhadas em grande parte por não-fazendeiros.”

A segunda metade do século XIX apresentou também uma alta taxa de crescimento da classe média urbana. O consumo de bens crescia na medida em que mais e mais pessoas integravam a classe média que estava sedenta por consumir. Ali nasceram as grandes lojas que vendiam de tudo para casa: roupas, cortinas, sofás, mesas; enfim, tudo para utilidade do lar. A classe média norte-americana tinha acesso a uma variedade impressionante de bens, algo que não era visto em nenhum outro país,

Enquanto nasciam centenas de escritórios responsáveis pelos papéis das grandes indústrias que nasciam, o Estado concedia facilidades de adquirir bens e propriedades para todos. Eram as terras do oeste, adquiridas a preço de bagatela. O avanço para o oeste levava consigo as ferrovias. Veias de ligação e fornecimento de matéria-prima para todo o nordeste industrial. Era a nova fronteira agrícola e demográfica do país.

Nessa época, Andrew Carnegie, que seria o magnata do aço, era apenas um jovem buscando um espaço no mundo. Segundo o autor, ele  “era o mais temperamental dos magnatas. Baixinho, com apenas 1,65 m, cabelos louros pálidos, mãos e pés pequenos e um rosto de menino, era como uma criança travessa, vigorosa e incansável. Falava com energia, tinha opiniões fortes e subservientes, era bajulador e provocador e de uma rapidez sobrenatural em compreender qualquer coisa que fosse de seu interesse.”

Quando criança, Carnegie catou carretéis em indústrias de Pittsburgh, foi escriturário, e mensageiro de telégrafos. Nesse último trabalho, Carnegie se destacou como mensageiro oficial dos grandes negócios. Ele era um homem dedicado, lia muito, e se aperfeiçoava com estudos extras. Com um empresário de nome Tom Scott, Carnegie iniciou sua função de administrador de ferrovias. Ali faria carreira.

Entretanto, ele sairia do ramo das ferrovias depois de visitar a Inglaterra e conhecer as grandes siderúrgicas inglesas. De volta aos Estados Unidos, ele começaria seu império do aço, que por sua vez, desembocaria na Carnegie Steel, que, em vinte anos seria a maior empresa produtora de aço do mundo.

Essa relação entre ferrovias, telégrafos e o aço nascia do fato de que as ferrovias representavam a diminuição da distância entre os pólos produtivos, o que gerava uma rapidez também nas informações trocadas, e isso tudo precisava de aço para o aumento do número de linhas e vagões. Eram as três colunas de sustentação da expansão norte-americana que viabilizaria o desenvolvimento extraordinário daquele século.

John Rockefeller tem uma história igualmente magnânima. Apesar de não ter passado na infância e juventude pelos problemas da pobreza, pois era filho de fazendeiros e sempre pertenceu à classe média do oeste americano, John era tão competente quanto Carnegie.

Em 1855, John Rockefeller começa a trabalhar com um comerciante. Dois anos mais tarde ele adquire um empréstimo de mil dólares com seu próprio pai e abre uma sociedade com um negociante de produtos agrícolas. Ali ele já demonstrava sua capacidade de aprendizado e gerência. Tempos depois, ele descobre por meio das descobertas de um pesquisador que havia desenvolvido uma técnica para produzir o que naquele tempo era chamado de “óleo de pedra”. E com as notícias que informavam que aquele seria o combustível do futuro, Rockefeller atenta-se para o novo ramo: Petróleo.

Dois anos mais tarde, Rockefeller com vinte e dois anos alia-se a outro negociante para financiar uma refinaria de petróleo na Pensilvânia. Para o novo empreendimento, foi Rockefeller quem decidiu onde seria instalada a nova refinaria de petróleo, perto de transportes para escoação da produção. Desde o começo a refinaria dava lucros, e em pouquíssimo tempo ela já era a mais lucrativa da região. Muito em razão de John Rockefeller, que era um exímio estrategista e contador, mantendo a contabilidade impecável.

Rockefeller iniciou sua ascensão quando comprou a parte dos sócios na refinaria e iniciou um processo contínuo de aquisições bem peculiares dele. Ele comprava todos os concorrentes; procurando diminuir custos e aumentar a lucratividade de forma voraz. Buscou ao mesmo tempo, unificar o ciclo produtivo comprando empresas que forneciam transporte, beneficiamento, extração e todos os outros meios dos quais eventualmente apareciam no seu caminho. Em poucos anos, Rockefeller conquistara mercados, comprara docas, estradas, reservatórios, e outras refinarias. Toda estrutura ao redor do seu negócio precisava ser controlada por ele, e assim ele o fez.

Jay Gould era um homem bem diferente dos dois anteriores. Tinha uma fama péssima; diziam que ele era um homem sem escrúpulos, imoral e que não tinha regra que ele não desse um jeito de burlar.

Jay Gould é, em minha opinião, o mais excêntrico dos quatro magnatas. Em razão da sua formação física franzina, o pai de Gould ficara desapontado, e foi obrigado a largar o trabalho na fazenda por uma loja na cidade. Talvez, a sua pouca vitalidade física era compensada por uma ambição e desprezo pelas regras sociais, tão evidentes durante sua vida. Nas palavras do escritor: “Ele se virou praticamente sozinho desde os treze anos, quando o seu pai o matriculou em uma escola secundária em uma cidade vizinha e o deixou lá com uma pilha de roupas e cinqüenta centavos. Jay logo arranjou um emprego de meio expediente como guarda-livros autodidata e também demonstrou ser um aluno excelente, com um gosto verdadeiro pela literatura e um texto de estilo surpreendentemente maduro”.

Jay Gould foi um nome ligado à chamada “Guerra da Erie”, onde o país viu uma verdadeira batalha travada no mercado de capitais. Jay Gould adquiriu capacidade de influenciar os mercados promovendo uma corrida por ações que baixavam e subiam ao seu comando. Depois desse episódio, ele seria uma figura satânica nos meios financeiros.

Anos depois, ele voltaria com força total com a aquisição de diversas empresas ferroviárias. Mas dessa vez, ele agiria de uma forma menos chocante. Passou a controlar a maior parte das rotas importantes dentro dos Estados Unidos. Foi justamente ele, o responsável por formar o sistema norte-americano de transportes e informações, criando linhas e mais linhas sem a demanda correspondente. Era típico dele a loucura genial.

J.P Morgan era o “homem do dinheiro”, de todos os outros, ele era o mais abastardo. Vindo de uma família razoavelmente rica, estudou muito antes de entrar de cabeça nos negócios.

Morgan descendia de uma família bem sucedida. Seu pai era banqueiro, e desde pequeno estava inserido no meio dos negócios. Ele era extrovertido e possuía grande talento para números, apesar de possuir também uma atração para riscos nos negócios. Trabalhando no banco do seu pai, J.P Morgan financiava a curto prazo diversos empreendimentos. Estudou na Europa, aprendeu línguas, ganhou bagagem, e quando voltou para os Estados Unidos, todos diziam que ele assumiria o negócio do pai. Leso engano, J.P Morgan resolve abrir seu próprio negócio. Financiando muitos negócios de terceiros, ele conseguiu ser o banqueiro dos grandes empreendedores. Sempre com uma visão objetiva e certeira nos negócios que sentia que dariam certo. Ele foi capaz de acertar em vários investimentos, entre eles o da fusão que daria origem à General Electric.

A partir do final do século dezenove e começo do século vinte, os trustes começaram a ser realmente combatidos. Nessa época, os Magnatas sofreram reveses.

A Standard Oil fôra dividida em diversas outras empresas. Nessa época também, Rockefeller já não era administrador. A US. Steel também sofrera muito. Carnegie passou a investir em diversas obras de caridade. Jay Gould abandonara os negócios, e continuou rico até sua morte em 1892. E J.P Morgan colecionaria bons investimentos até sua morte em 1913.

Eles marcariam a história dos Estados Unidos com uma herança de grandiosidade, força de vontade, inteligência e capacidade gestora.

A economia americana nunca seria a mesma. Aquela era de ouro estava acabada. O ressurgimento de uma grandeza econômica como aquela só viria de forma semelhante nos anos pós-guerra. Mas mesmo assim, nunca poderíamos dizer que poucos homens influenciariam com tanta vitalidade os rumos de uma economia e de um país, e em tão pouco tempo.

A frase do autor é apropriada:

A supereconomia americana foi criada por quatro homens: Andrew Carnegie (1835-1919), John D. Rockefeller (1839-1937), Jay Gould (1836-1892) e J.P. Morgan (1837-1913). Eles foram os gigantes da Era de Ouro, os magnatas por trás do exuberante crescimento econômico que fez dos Estados Unidos o país mais rico, mais criativo e mais produtivo do planeta. Eles são, literalmente, os fundadores da economia norte-americana - e, portanto, dos Estados Unidos moderno. De Carnegie, o imperador do aço, passando por Rockefeller, o barão do petróleo, e Gould, o homem das ferrovias e inescrupuloso manipulador da bolsa de valores, até chegar a Morgan, banqueiro de sangue azul com uma intuição para uma economia globalizada, o conceituado escritor e jornalista Charles R. Morris recupera a história - e o legado - desses quatro homens, tão fascinantes quantos controversos. Em uma instigante narrativa, acessível a todos os interessados em história e economia, Morris revela como eles transformaram a jovem e sedutora nação norte-americana em uma potência mundial.”

11 novembro 2008

Obamafilia II


Na Idade Média existiam dois grandes ídolos: o Rei, que personificava o Estado e era avalizado por Deus; e o Papa, que era o preposto de Deus e afiançado pelo poder mundano. Era um tempo em que essas personificações eram adoradas, respeitadas, interiorizadas numa imagem de proteção e louvor. Os Papas prometiam a mudança para melhor por meio do paraíso. Os Reis, por sua vez, com os olhos no mundo físico, diziam que sem eles as coisas seriam ainda piores.  

No nosso século, as coisas não mudaram muito. Continuamos tendo um Papa, embora esse use o discurso dos Reis da Idade Média. Continua insistindo na necessidade imperativa do seu cargo, e que com ele o mundo é melhor do que sem ele, apesar de crerem numa mudança terrena assim como os Reis de outrora. Enquanto isso, os Reis, _ hoje presidentes _, prometem a mudança em Terra. Ou melhor, vendem o paraíso para os súditos de agora.

Quando um Rei assumia o trono, crianças, mulheres, jovens, velhos, homens, e todo o resto da sociedade, choravam de alegria e emoção. O Rei era parte do modo de vida do povo; era parte da família e razão de ser da sociedade. E o povo... bom, o povo eram os cupins.

Hoje, o homem moderno é tão idolatra como antes. Só olhar para a eleição norte-americana e constatamos isso. No Brasil isso também foi visto com Getúlio Vargas, Juscelino, Tancredo Neves, Collor, e, mais recentemente, com o nosso Molusco apedeuta. O povo adora isso; parece estar no sangue das massas. Não há outra explicação para tanta submissão diante de um empregado. Sim! Afinal, um presidente nada mais é do que um rés empregado da sociedade.

Obama nesse contexto é a personificação daquele mundo das trevas; é o ressurgimento dessa idolatria. Com a diferença de que naquele tempo o Rei era o patrão de fato; e hoje os presidentes são empregados. Conclui-se que temos uma inversão de valores nas mãos. O empregado (presidente) é endeusado pelo patrão (o cidadão). E pior: o patrão faz isso por livre e espontânea vontade!

Fazendo um parêntese, lembrei agora do livro “Inteligência emocional”, no qual o autor defende que a inteligência emocional é mais importante do que o Q.I para determinar o sucesso ou não de um sujeito. Levando em consideração a forte carga emocional dos nossos novos governantes (Lula e Obama, por exemplo), passo a crer na força dessa tal de inteligência emocional. Pensando bem, não seria novidade alguma, sempre foi assim. Não há nada de novo no homem emotivo. E aí eu volto a cogitar: Não seria da natureza do homem sentir? Claro que é, mas e a razão, onde fica nessa história? Acho que hoje, mais do que nunca, o apelo emocional ganhou da racionalidade. Definitivamente, o mundo é um coração chorão, e os cérebros, souvenir de turista. 

OUTROS TEXTOS A RESPEITO:

Obamafilia

McCain Vs Obamafilia

O Socialista Pop

07 novembro 2008

IMBECILIDADES DE UM MUNDO "POLITICAMENTE CORRETO"


O jornal britânico, The Guardian, atento ao furor alucinante de “politicamente correto” e à onda de minorias supervalorizadas, anunciou essa semana que está em busca de um candidato negro ou de “minorias” para ocupar o cargo de primeiro-ministro britânico. (A igreja do "politicamente correto" procura novos pastores...).

Quando eu falo que a burrice coletiva no mundo é tão grande na era do desenvolvimento tecnológico e da informação generalizada quanto o foi na idade média, ninguém leva muito a sério. A verdade é que a circulação de informação hoje é grande e acessível a todos, entretanto, a capacidade de absorção e senso crítico das pessoas não acompanhou o ritmo. Não é difícil ver alguém emitir opiniões sobre quase tudo, e quase sempre de forma superficial, e mesmo assim, essa gente, pelo pouco que absorvem, se dão orgulhosamente por satisfeitas. Nesse sentido, o avanço tecnológico e a qualidade de vida na atualidade, fazem com que elas confundam progresso tecnológico da humanidade e capacidade crítica com relação aos fatos da vida. O primeiro acaba por mascarar a ausência do segundo, e o resultado disso é que o senso crítico se esvai na medida em que o politicamente correto imbecil prolifera. 

A Grã-Bretanha, como a guria que descobre uma amiga grávida, e deseja também ficar grávida, mostra toda a capacidade de uma coletividade em ser idiota. Afinal, é dando que se engravida!

Nesse mundo ocidental, a censura como a conhecíamos está enterrada, mas vemos nascer a nova censura (nem sei se a vê). Essa nova censura é a do “politicamente correto”, asilo para os velhos moralismos. Onde certas opiniões tornaram proibidas; e onde as opiniões oficiais de alguns PHDeuses são os axiomas do século XXI. E nesse ambiente de idolatria aos apedeutas, o imbecil é cada vez mais glorificado nas suas opiniões vazias e superficiais. Enquanto alguns poucos seres, pensantes e críticos, se vêem como Giordano Bruno na idade das trevas. 

04 novembro 2008

Lula defende o controle do sistema financeiro.


SUPREMO APEDEUTA MANTÉM SUA IGNORÂNCIA NA PONTA DA LÍNGUA:
CLICK AQUI.

       A crise financeira vem derrubando a máscara de muita gente. O Molusco, por exemplo, tirou o pó de arroz do paletó e defendeu o controle do sistema financeiro pelos governos. Absurdamente, o despreparado governante brasileiro, demonstrando seu total desconhecimento da realidade macroeconômica do mundo, ainda mantém aquela mentalidade moscovita de outros tempos. Controle do sistema financeiro é contaminar o mesmo com as "desgraceiras" da política governamental. Se estamos em crise com o sistema razoavelmente livre, com o controle do Estado, vamos pagar mais caro (e a história é pródiga em exemplos disso). Sem contar que a própria crise teve sua origem nas primeiras garantias "irreais" dadas pelo governo, _ no caso o norte-americano _, ao mercado de imóveis dos EUA. Sem essa postura de controle e intervenção estatal, o mercado imobiliário nunca iria vender casas com juros tão baixos, e riscos tão altos. Um bom vendedor sabe que não pode vender sem garantias reais, bens caros para alguém que não tem nem emprego. Mas contando com a ajudinha do Estado-interventor, isso pode ocorrer, como de fato ocorreu. 
Teve gente que vendia casas de 300 mil dólares quase sem juros. Como sabemos, os juros são garantia do risco do negócio, ou seja, quanto mais arriscado o recebimento do valor da obrigação, maiores serão os juros. É valor e garantia do risco. Ora, com o risco amenizado pela interferência estatal, pode-se vender a baixos juros. O problema ocorreu exatamente quando o Estado passou dos limites da sua própria capacidade de assegurar esses valores, e depois de praticamente cinco décadas de intervencionismo, a bolha agigantou-se e o barril estourou. 
Claro que o consumidor também teve sua culpa, mas convenhamos, a oferta era irrecusável. Se não houvesse tanta facilidade promovida pelo Estado, não teriam adquirido tão facilmente esses bens e depois dado o calote. Já os operadores desse nicho de mercado também têm sua culpa, mas igualmente, sem as garantias do Estado-interventor, não teriam tratado a preços tão cômodos e inseguros.

    E agora me vem o Molusco, ignorante das circunstâncias que deram ensejo a essa situação, dizer que precisamos controlar o sistema financeiro?! Vai palhaço, vai controlar o sistema financeiro para você vê! 

Com esse Rei Molusco, só Deus (se existir) para nos salvar do outro Deus: o Estado.

02 novembro 2008

Dica da semana

Embaixador John F. Veroneau
Embaixador John F. Veroneau

Uma dica de site: Programa Internacional de informação do Governo dos EUA. Nesse site, encontrei alguns artigos que penso serem interessantes, vide um deles:


A história e a experiência nos dão lições importantes quando olhamos para o futuro do sistema comercial internacional. Especificamente desde o fim da Segunda Guerra Mundial, o comércio tem sido a mola propulsora da evolução da economia mundial. Rodadas sucessivas de liberalização multilateral do comércio sob o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (Gatt) e sua sucessora, a Organização Mundial do Comércio (OMC), ajudaram a reconstruir economias destruídas pela guerra na Europa; levaram a um caminho certo para o desenvolvimento de nações independentes e modernizadas na Ásia, América Latina, África e Oriente Médio; e tiraram milhões de pessoas da pobreza.

Nas últimas sete décadas, presidentes americanos que vão de Franklin D. Roosevelt a George W. Bush têm dado apoio constante à redução das barreiras comerciais entre os Estados Unidos e nossos parceiros no mundo todo. Eles vêm compartilhando a mesma crença de que o papel principal do comércio é promover padrões de vida mais elevados, maior prosperidade e uma gama maior de escolhas para nossos cidadãos e os de outros países. Conseqüentemente, os Estados Unidos possuem a mais aberta das principais economias mundiais, e essa abertura é por certo uma fonte de fortalecimento. De acordo com o Instituto Peterson de Economia Internacional, a renda anual dos EUA aumentou US$ 1 trilhão, ou US$ 9.000 por domicílio, desde 1945 devido à liberalização do comércio.

Estamos no momento testemunhando um período de rápida transformação no mercado global. Logo nos primeiros anos após o término da Guerra Fria, aproximadamente 2 bilhões a mais de trabalhadores e consumidores começaram a fazer parte da economia internacional, na medida em que caíram as barreiras políticas e tecnológicas para a participação no mercado. Para que mais cidadãos sejam capacitados a realizar seus sonhos e dar sustento a suas famílias, precisamos destravar o potencial do comércio para promover o crescimento econômico global e incentivar a geração de melhores empregos.

O Banco Mundial estima que a total eliminação das barreiras comerciais pode tirar dezenas de milhões da pobreza; portanto, é óbvia a necessidade moral de encontrar um caminho que promova o comércio. Além do mais, embora o alívio da dívida e a ajuda externa possam ser importantes contribuições para o desenvolvimento dos países pobres, o comércio e a sua liberalização provavelmente são ferramentas mais poderosas para aliviar a pobreza e proporcionar às sociedades os recursos econômicos para que enfrentem as necessidades mais urgentes. Mais uma vez, de acordo com o Banco Mundial, o aumento anual de renda nos países em desenvolvimento, com a eliminação das barreiras somente para os produtos, é de US$ 142 bilhões, segundo estimativas conservadoras. Esse montante excede os US$ 80 bilhões em assistência econômica externa dados pelos principais países industrializados em 2005, juntamente com os US$ 42,5 bilhões propostos para o alívio da dívida dos países em desenvolvimento.

Os ganhos potenciais com a liberação do comércio de bens manufaturados, serviços e agricultura são de fato substanciais. A suspensão da Rodada Doha das negociações da OMC em 2006 foi uma decepção para todos os que acreditam no poder do comércio para promover o desenvolvimento econômico, expandir oportunidades e facilitar a cooperação pacífica entre as nações. Isso levou o presidente Bush a incumbir ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA a busca de um acordo ambicioso e equilibrado que atenda aos objetivos de desenvolvimento de Doha.

O ritmo acelerado das mudanças na economia internacional e seus efeitos ― ambos positivos e negativos ― sobre as regiões, localidades e os cidadãos geram ansiedades compreensíveis. Cada sociedade precisa encontrar uma forma de resolver as necessidades daqueles que possam se sentir afetados pela mudança e aliviar a transição. Mas ter uma recaída e construir muros e barreiras ao comércio não é a resposta: as barreiras comerciais protegem poucos às custas de muitos, e países que não resistem às ações protecionistas arriscam ter crescimento mais lento, indústrias ineficientes e não competitivas, mais desemprego e inflação mais elevada no longo prazo.

O aumento do comércio tem amplos benefícios sociais: os países mais ricos são mais propensos a dedicar recursos para preservar seu meio ambiente, e trabalhadores de indústrias ligadas à exportação tendem a receber remunerações maiores do que suas contrapartes nacionais em setores não vinculados à exportação. Hoje os ganhos com o comércio são reais para centenas de milhões de indivíduos, que deles dependem para sua subsistência e de suas famílias.

Esperamos que o leitor analise com calma cada um dos artigos neste número e que possa ter com eles um melhor entendimento dos benefícios da liberalização do comércio para melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas no mundo inteiro.

Embaixador John K. Veroneau

Vice-Representante de Comércio dos EUA


Fonte: USINFO (em várias línguas).