Ninguém pode dizer que essas múmias do socialismo latino-americano não são perseverantes. Vejam o burucutu e cacique do petróleo da Venezuela, ele correu em três oportunidades o risco de perder o poder, e nas três vezes enfiou os dentes no traseiro do Estado e dali não saiu. Mesmo antes de assumir o poder na Venezuela, Chávez já demonstrava suas obsessões esquizofrênicas típicas desses “galinhos de granja” que se acham especiais demais; sapientes demais para se sujeitarem ao Estado de Direito.
No final da década de 90, quando Chávez fôra eleito por mais de 70% do eleitorado venezuelano, e aprovara via plebiscito a nova Constituição do país, sua postura sempre foi a de “messias”. Contudo, o povo diante do sofrimento sempre opta pelo prazer do ópio revolucionário imediato a um processo de reformas racionais. Nesta mesma Carta Magna, Chávez conseguiu meter o cabresto na plebe. Estipulou poderes extraordinários de intervenção estatal na sociedade e economia que se tornaram, de tão comumente usados, em poderes ordinários. A nacionalização de vários setores econômicos e o uso desenfreado de decretos para controlar a sociedade civil, liberdade de imprensa e política, seguiram a receita histórica de dar eco a desejos populares, estimular a emotividade e animosidade da plebe, elegendo inimigos externos enquanto lava o cérebro do povo.
A dificuldade em receber e aceitar críticas é mais um traço desses galinhos. O último caso envolvendo essa frescura infantil que ditadorzinhos mimados têm em comum, envolveu a Human Rights Watch (HRW) que, em críticas ao governo de Chávez, denunciou o desrespeito regular da liberdade e dignidade humana. A entidade internacional apontou a centralização política, a falta de democracia de fato, de liberdade de imprensa, e o sistema de corrupção dentro do judiciário, como características do governo Chávez. O cacique rodou a baiana e para extirpar essas críticas, logo mandou expulsar do país os representantes da organização.
Fica a pergunta: Se tenho a certeza de que as acusações que me imputam são inverossímeis, por que calar os opositores se ao meu lado está a verdade, e com ela posso me defender e desacreditar os inimigos?
Claro que ele não tem como se defender, todas as acusações que lhe são feitas correspondem à realidade que ele criou para seu país. O silêncio soberbo ou o praguejar populista são as atitudes que cabem a ele no seu papel de imbecil troglodita irracional.
Morales e Chávez: O portal UOL usa o termo “irmandade revolucionária” ao se referir à aliança dos dois, que muitas vezes encontrou, e encontra, ecos no Equador, Brasil, Argentina e provavelmente encontrará no Paraguai de Lugo. Todos sob a áurea da ilha caribenha.
Lá na Bolívia o franguinho Morales; índio comedor de coca; sofre a oposição consistente das províncias mais produtivas e ricas do país. Não obstante, Morales tem a seu favor a massa de ameríndios pobres que, com um despretensioso assobio os coloca facilmente como escudo de proteção do seu governo.
Quando se propôs a criar um sistema de ajuda aos mais velhos com verbas do gás, e limitar o tamanho dos latifúndios (muitos deles produtivos), Morales recebeu os aplausos da maioria da população. O povo, como sempre, não percebe que limitar os latifúndios e preconizar os pequenos gerará uma agricultura de subsistência que no final das contas acabará recrudescendo o déficit de abastecimento no país. É o que sempre ocorre na América Latina quando se resolve combater os latifundiários, que bem ou mal, produzem; enquanto a experiência das pequenas glebas demonstra entre nós, latinos, ser desastrosa. É fácil constatar o caminho, é só olhar para Cuba; os jornais informam que o governo de Raúl Castro iniciou um projeto para entregas de terras. A ilha tem metade de suas terras improdutivas e importa 80% dos alimentos destinados ao consumo interno; isso em um país que se diz socialista e promete o paraíso na Terra!
Já o imposto dos hidrocarbonetos que deverá ser destinado a projetos sociais tende, igualmente, a criar uma massa de dependentes do Estado. Creio que o uso do mesmo para investimentos estruturais (a Bolívia possui uma infra-estrutura calamitosa), e crédito para que o empresariado possa gerar empregos e desenvolvimento, seria o melhor caminho. Mas eles preferem banquetear hoje, a construir um projeto desenvolvimentista de longo prazo. Toda e qualquer medida de urgência desesperada, mal pensada e encaminhada por “emotismos” levam, inexoravelmente, à perpetuação da miséria.
Lembro-me de quando o comedor de coca alcançou o poder; a mídia brasileira na época alardeava gloriosamente que a Bolívia possuía agora um governante herói. Um caudilho indígena que defenderia o interesse da maioria indígena do país. Era a versão burlesca de Lula. Com aquelas roupas de campesino da coca, ele estimulou a complacência dos imbecis pelo exótico. Agora, depois das travessuras, a mídia brasileira começa a demonstrar cansaço na sustentação da imagem desse lazarento. Ao mesmo tempo, ab absurdo, não sabe como tratar o Molusco que, com as mesmas medidas populistas de assistencialismo e paternalismo vem conquistando as massas. Subsidiado pela inércia vergonhosa dos meios de comunicação que encontram nessa mesma massa seus espectadores; e no crescimento razoável da economia do país, o Molusco consegue ultrajar toda imprensa acrítica.
A América Latina não tem conserto. Com exceção de pequenos focos regionais de luz, o restante vive na penumbra do atraso e emotividade revolucionária. Gente estúpida; povos detestáveis! Continuem comendo seus excrementos... Eles são o melhor manjar que vocês podem depositar na mesa.