SAUDAÇÕES

BEM VINDO! BIENVENIDO! BENVENUTO! BIENVENUE! WELCOME! WILLKOMMEN!




TEMÁTICA DO BLOG

NOTÍCIA E OPINIÃO

Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

19 janeiro 2008

PINOCHET, ARTÍFICE DO MILAGRE ECONÔMICO CHILENO

Quando se fala em Pinochet, muitas suspeitas e até repudio se ouvem. São inevitáveis se tomarmos, exclusivamente, o plano político, onde a repressão aos opositores era intensa e violenta. Não obstante isso, devemos levar a conhecimento público a realidade econômica que se estabeleceu no Chile após a ascensão de Pinochet.
Em 1973 Pinochet ascende ao poder através de um bem sucedido golpe militar. A razão do mesmo estava na pessoa do comunista Salvador Allende, que havia ganho as eleições de 1970, com 36,2 % dos votos, não alcançando maioria absoluta, mas pela pulverização dos votos entre partidos das várias correntes ideológicas, ele termina por ser confirmado presidente pelo congresso chileno. Como não poderia deixar de fazer, Allende iniciaria nos três anos seguintes um programa de socialização da economia chilena. Baseada em nacionalizações forçadas de setores econômicos, reforma agrária compulsória, aumento do número de servidores para gerar emprego, e outras medidas retrógradas do mesmo naipe. Essa política acabou por gerar aumento de impostos; desemprego; um Estado inchado onde os gastos públicos cresceram exorbitantemente; uma inflação galopante, e o descontentamento de vários setores da sociedade chilena. Com isso, definitivamente, as portas estavam abertas para uma reação de igual ou maior força. Necessária, em sua gravidade, para conter o ímpeto vermelho que se instaurava no país.
Com a queda de Allende, Pinochet vislumbra o poder. Era o fim do regime democrata, pois a partir de então, Pinochet seria o principal ícone político nos próximos quase dezoito anos de política chilena. Mas mais do que isso, herda um Chile mortificado economicamente; desorganizado, e em plena crise de instabilidade política e social. Utilizando-se das forças armadas e do apoio do governo norte-americano, Pinochet se estabilizou no poder, instaurou a balas a ordem social, reorganizou a estrutura estatal, podendo, a partir de então, reorganizar a eonomia chilena que estava em frangalhos. Inicia um audacioso projeto de reestruturação econômica do Chile. Contrata jovens economistas neo-liberais da escola de Chicago, e inicia seu audacioso projeto econômico.
Entre as principais medidas efetuadas durante o seu regime estavam:

1- Permição para o ingresso de capitais estrangeiros no país.

2- Fim da inflação que durante o governo Allende levou o país a alcançar índices acime de 340 %.

3- Redução na ordem de 20 % os gastos públicos.

4- Emagrecimento da máquina pública com a demissão de 30 % dos funcionários públicos.

5- Eliminação dos sistemas de empréstimo e programas de moradia.

6- Fim da previdência pública. Existindo apenas previdência privada.

7- Aumento das divisas e reservas externas.

Essas medidas causaram uma queda econômica vertiginosa no Chile. Era parte do plano, assim como os médicos induzem ao estado de coma um paciente para impedir pioras e para fazê-lo ressurgir melhor, Pinochet fazia o mesmo com a economia chilena, dava um choque para provocar um renascimento punjante. Como disse Milton Friedman, o guru do neo-liberalismo da escola de Chicago, em uma conversa frente-a-frente com Pinochet, explicando-lhe como viria a ser o tratamento econômico que seria dado ao Chile:

“La primera era por medio de una recuperación lenta del paciente (el país), pero advertía Friedman que este de tanto esperar podría morir”.
“La segunda era darle al paciente un tratamiento de choque (shock), para revitalizarlo, pero con efectos inmediatos muy graves”.

Nessa primeira fase do projeto econômico, o desemprego alcançou 16 %, as exportações caíram 40 %, e o PIB em 12 %. Mas eram sintomas que limpavam o “sangue ruim” da economia chilena, pois quatro anos depois a economia chilena iniciaria seu milagre econômico. O “boom” chileno iniciou, o país crescia a 7,5 % por ano, muito acima da maior parte dos países do mundo na época, e esse índice de crescimento perduraria até 1981.
A década de 80 reservaria para o mundo, um castigo econômico. Era a crise mundial que teve seus reflexos no Chile. No entanto, devemos culpar o próprio governo Pinochet pela crise interna. O governo Pinochet abandonara a política econômica original, aumentara gastos públicos e o funcionalismo; reverteu parcialmente o processo de privatização e outras medidas que influiram gravemente na crise econômica que se instalaria no Chile. Foram anos duros para o mundo, e o governo Pinochet se sustentava por meio de um recrudescimento da repressão. Ia aos trancos e barrancos, porém, os índices econômicos já alcançados estavam prestes a voltar.
No fim da década de 80, Pinochet que havia adotado a política econômica baseada no economista Keynes, retoma a política econômica da escola de Chicago. Com
Hernán Büchi como ministro da fazenda a partir de de 1985, são implantadas as reformas econômicas que deram largada para o segundo milagre econômico do Chile. Com ele, o Chile revitaliza a sua força econômica, e sua posição de destaque na econômia latina-americana. Entre as medidas tomadas para esse resurgimento econômico, estão:

1- Redução dos gastos do setor público.

2- Fim dos benefícios sociais.

3- Redução drástica de impostos.

4- Privatizações.

5- Desvalorização da moeda para favorecer as exportações.

Durante um dos discursos de posse, Hernán Büchi disse:

“La política económica es necesaria para orientar correctamente el esfuerzo de ahorro e inversión. La experiencia nos ha enseñado la importancia de una adecuada regulación de las variables macroeconómicas, ya que sin ella el mercado se desorienta y los ahorros se malgastan o fluyen al exterior, en tanto que la inversión se canaliza hacia operaciones improductivas o especulaciones”

Por fim, há de salientar sempre o papel relevante de Pinochet na admissão e aplicação do pensamento econômico do liberalismo econômico no Chile. E o crescimento que houve na década de 90 até a atualidade, se deve muitíssimo a ele. Pinochet criou na mentalidade dos chilenos, em seus 19 anos de governo e mais alguns de influência sobre a política do país, uma visão desenvolvimentista, que soube superar fases terríveis e erros próprios, aprendendo com eles e aprimorando na arte de administrar um povo. Em um próximo artigo, explicarei como muitos camaradas sintomatizam urtigas ao ouvir falar em liberalismo ou liberais, mas poucos entendem realmente do que se trata, e provavelmente não saberão distinguir o liberalismo político, do liberalismo econômico, que são coisas diversas e que logo entrarei numa explicação mais aprofundada. Mas por hora, devo dizer que este artigo visa desnuviar a visão que muitos de nós têm sobre Pinochet, e principalmente, combater a sempre viva ameaça comunista, vista em artigos como o desse hernegúmeno que transcrevo o link abaixo:
ASS: DAYRELL

16 janeiro 2008

CRÔNICAS DA GUERRA VIVA - N° 4: SÉRIAS, FÉRIAS DAS FERAS FERIDAS


Em meio a uma clara epidemia de febre amarela que o governo Lula fica roxo de raiva e, como sempre, diz desconhecer a existência; diante dos últimos resultados terríveis do obituário nas estradas brasileiras durante as festas de fim de ano; enquanto o vice-presidente mineiro José de Alencar cai carcomido numa cama de hospital; e ainda depois de anunciar que a prioridade para o fornecimento escasso do gás natural irá para as indústrias e não para a população que investiu no gás depois dos grandes incentivos governamentais; e logo após o anúncio do mega-pacote fiscal que assalta a papel passado o bolso dos brasileiros; NOSSO CARISMÁTICO SEM-DEDO PRESIDENTENCIAL LULA, O MOLUSCO, nos deixa a ver navios e parte rumo ao Caribe!
E pior:
1- Leva o nosso ministro da Saúde, José Gomes Temporão, enquanto o país sofre com uma epidemia de febre amarela!
2- Leva o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, durante uma crise de abastecimento de gás natural.
3- Leva também o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, depois de anunciar novos impostos que afetarão todo desenvolvimento, a indústria e o comércio exterior.
4- Leva o ministro da Educação, Fernando Haddad, sei lá para aprender o que com os cubanos, a não ser educação vermelha. Nesse caso, não precisava ir tão longe, era só fazer um passeio nas escolas do MST.
Obs.: Já o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ele tinha que levar mesmo...
Em seu encontro com o companheiro Fidel Castro, nosso proeminente Molusco teceu mil elogios ao seu herói cubano. Segundo o portal UOL ele teria dito depois do encontro com o mártir vivo do comunismo:

“Lula disse que vinha acompanhando o estado de saúde de Fidel pela imprensa e que ficou feliz por ter podido se encontrar com seu "companheiro”.
"A impressão que eu tenho é que Fidel está muito bem de saúde, que está com uma lucidez como nos melhores momentos".

"Penso que Fidel está pronto para assumir o papel político que ele tem na história, no mundo globalizado, na humanidade".


É fato público que nosso Molusco “presidenciado” pela plebe sempre teve seus amores desmedidos de juventude por esse dinossauro do comunismo, mas depois da mudança de estratégia (máscara) que o levou ao poder, quando ele (o Molusco) abandonou o discurso vermelho e adotou a falação rosa, torna esse encontro em uma contraprova irrefutável de que nosso Molusco sempre nutriu grande afeição a esses execráveis ícones do comunismo, ratifica dessa forma, seu caráter nada íntegro, mui desonesto, mentiroso, farsante e enganador das massas. Mas, é claro! As massas nunca poderão enxergar isso. (São medíocres demais para alcançar esse grau de sapiência).
Na Cuba de todos os mandos, Lula se encontrou em Havana com o mestre Fidel. Foi uma conversa de duas horas e meia com portas fechadas, e quando perguntado posteriormente sobre a conversa, El Molusco não pestanejou em dizer que versava sobre coisas particulares. Imagino que tipo de conversa teria sido essa, e mais, uma viagem para resolver questões particulares na Ilha de Fidel e pagas pelos cofres públicos?
Mas o melhor mesmo eu guardei para o final. Nosso quatro dedos bebum anunciou um PACOTE DE INVESTIMENTOS PARA A ILHA DE FIDEL NO VALOR DE QUASE R$ 900 MILHÕES DE REAIS !!!!!!!!!!!!
O governo Lula, segundo o jornal Estado de Minas, pretende:

“... ampliar a relação com a ilha, para ajudar no processo de transição política, com a eventual morte de Fidel Castro. Nesse sentido, pretende-se dobrar os empréstimos a Cuba para compras de alimentos – para cerca de US$ 200 milhões (R$ 340 milhões) – e oferecer linhas de crédito no valor de US$ 600 milhões (R$ 1 bilhão) para a construção de estradas e US$ 70 milhões (R$ 120 milhões) para uma usina de níquel”.

O intercâmbio econômico do Brasil com Cuba passará para o segundo lugar na América latina, sendo superado apenas pela Venezuela de Chávez. Esses investimentos incluem estradas e pontes novas para os cubanos (Já as nossas continuam a ser abatedouros públicos), reforma e fortalecimento do turismo (Enquanto isso, no Brasil, os museus são roubados por chef de cozinha), remédios e indústrias farmacêuticas (No Brasil as farmácias públicas não fornecem nem Aspirina). Faço apenas uma ressalva no caso da Petrobrás, pois essa exploração no golfo do México trará algum retorno.
Com tanta ajuda de agitadores ao redor do mundo, que um dia, quando eram garotos admiravam Fidel, e que hoje, adultos o idolatram, não é de se surpreender que a revista Forbes tenha estimado a fortuna do ditador cubano em U$ 550 Milhões de dólares em 2005, e em 2006, em U$ 900 Milhões, ou seja, não precisava de ajuda, ele próprio com sua fortuna particular poderia fazer tais investimentos. Mas é aquela história: O que é meu, é meu; o que é do povo, Lula dá!

DELENDA LULA!

08 janeiro 2008

Ecos de Nietzsche: Ouçam já !



Em outras palavras Nietzsche já dizia que quando viu um velho com tosses e febres, e ouvia seus amigos e familiares dizerem que:

“Essas febres e tosses estão a matar o velho!”

Ele logo pensava em quão profunda fora a inversão de valores dentro da lógica, onde a causa e o efeito trocaram de lugar de forma que as pessoas nem raciocinam antes de nos dedicarem de maneira oral essa blasfêmia da razão invertida. Ele (Nietzsche) trazia a tona sua razão martelar, dizendo que não são as tosses e febres que matam o velho homem; e sim o velho homem que já está em degeneração fisiológica e causa o efeito das tosses e febres. No mesmo sentido, porém em outro exemplo, Nietzsche cita uma lógica comum:

“O vício e o luxo levam a perecer uma raça ou um povo”.

Mas logo a frase que para o primeiro leitor parecia fácil, simples e correta, perde o valor quando Nietzsche nos apresenta falhas grotescas de razão invertida. Ele diz, em outras palavras: Quando uma raça ou um povo está em decadência/mortificação, ela/ele degenera fisiologicamente, e é essa queda que provoca os vícios e o luxo. Portanto, não é o vício e o luxo que causam a decadência de um povo ou raça; é justamente o contrário; a própria decadência e fraqueza de uma raça ou povo que provocam os efeitos ou sintomas do vício e luxo.

Transpassando as idéias de Nietzsche para uma análise do nosso movimento de oposição às ameaças esquerdistas e outros, notadamente no Brasil; ouvimos sempre dizerem que a coisa está "feia"; que não há esperança; que não dá para confiar em ninguém; que está faltando grana e disposição para tudo. Sempre a culpa recaindo sobre essas coisas e outras tantas desculpas esfarrapadas, chamadas de causas para o efeito de fraqueza do movimento. Bom, tragam o pensamento de Nietzsche, e verão que em verdade, é o movimento fraco, desorganizado, desunido, e os nossos que se empenham pouco por pensarem que nada adiantará, ou mesmo aqueles que fazem um pouco ou vão só “na boa”, que são as causas que provocam os efeitos da falta de grana; do não poder confiar em ninguém; e de que não há esperança.

Para esses que vivem no pessimismo exacerbado, típico e enraizado entre os fracos; apesar de viverem a sonhar com passados de glórias sem fazerem nada além de pequenas ações que não fazem nem cócegas no inimigo; repasso um pedacinho de um texto do filósofo alemão:

“Uma nova criação por exemplo, um novo império, tem mais necessidade de inimigos do que de amigos: só pelo contraste é que ela começa a se sentir necessária, a tornar-se necessária”.

Cito novamente o bigodudo alemão:

“Ao falar do valor, falamos sob a inspiração e sob a ótica da vida. A própria vida que nos obriga a determinar valores, a própria vida evolui por nossa mediação quando determinamos valores...”

Por isso digo a todos, ou melhor, conclamo a todos a, nos moldes das idéias de Nietzsche, TRANSMUTAR VALORES. Podemos sim, fazer isso; podemos redefinir, reedificar, reestruturar, reorganizar o movimento de contenção da esquerda voraz, dando uma nova cara para ele no Brasil. De forma, senhores, que a fraqueza anterior seja para sempre esquecida dentro do cadáver, e possamos reacender a chama da vida em um novo corpo sadio e próspero em vitórias. Pois o passado em um mundo tão veloz, volátil e transmutador, onde o futuro nos vem tão rápido, e o presente já cheira a passado, não cabe mais a nostalgia nem a deselegância e ineficiência da burrice baseada na repetição do erros.

Um abraço forte a todos os nossos.

05 janeiro 2008

CRÔNICAS DA GUERRA VIVA - N° 3: MST, NOSSO GRUPO TERRORISTA




JORNADA CHE GUEVARA DO MST
Já que poucos camaradas se interessam pelo que se passa em nossa nação e muito menos procuram se informar adequadamente (Apesar de praguejarem como tias-avós solteiras ao verem pequenas crônicas deletérias do cotidiano na TV), venho, através deste humilde blog, informa-los em tom e caráter retrospectivo, das mazelas nacionais. Pois bem, vejamos:

Não foi, senão com muito espanto e indignação que li na veja de outubro de 2007 o anúncio da educação comunista-revolucionária-anti-capitalista e, portanto, anti-desenvolvimentista. Para melhor entendimento, explico: O MST (Movimento dos sem terra), movimento em que circula o sangue mais revolucionário e marxista existente no país hoje, ganhou benesses inacreditáveis. Imaginem vocês que esse movimento que detesta e combate de forma violenta e ilegal o agro-negócio ....> que tanto contribui para a balança econômica do país; causam desordem no campo e nas cidades; e galgaram o posto de reduto revolucionário mais veemente do país; está hoje sob a proteção direta da pessoa e do aparato estatal do Cérebro de Minhoca da presidência.

Com o título de “Invasão na universidade”, a revista veja denunciou o projeto do MST que inclui apoio maciço do GOVERNO DO MOLUSCO DE QI DE AMEBA. O projeto incorpora nas principais universidades do Brasil, um grande número de criminosos do MST. Eles recebem cotas universitárias exclusivas para facínoras do MST, o quadro de matérias e as próprias disciplinas da grade curricular do curso normal são modificadas para se adaptarem, de forma a atenderem ao “espírito revolucionário” do MST. O que agrega nessas adaptações, uma matéria exclusiva denominada de “História dos movimentos sociais”, em que há um estudo parcial e direcionado das lutas pela terra na história do país; há ainda o ensino da cartilha do MST; o louvor declarado a símbolos atrozes e monstruosos do comunismo, como Karl Marx e Che Guevara; a modificação de datas de fundamental importância para a nação brasileira, como o dia da independência (7 de setembro), que na visão dos revolucionários do MST, passou a consagrar-se como sendo “O DIA DOS EXCLUÍDOS”.

Em meio ao sectarismo vemos um internacionalismo típico dos revolucionários de esquerda: Eles exigiram junto ao governo do “quatro-dedos”, o ensino do espanhol de forma obrigatória. A justificativa que deram? De que é preciso que os quadros de militantes do MST estejam capacitados para manter íntimos laços com os “companheiros” das nações hispânicas. (O que provavelmente incluem: Farc, chavistas, e crentes do séqüito boliviano, além, é claro, dos hermanos argentinos e cubanos). Na mesma denúncia é relatada uma encenação teatral, feita anterior às aulas, onde os alunos são motivados com discursos contra as classes dominantes e chamados à luta.

Esses cursos que incluem pedagogia, história, geografia, direito, entre outros; são ministrados em 16 universidades públicas no país, destacando-se a UFMG e a UNESP. Se referindo ao apoio governamental e a legitimidade dos cursos, a reportagem da Veja afirmou:

“E, como qualquer outro curso de ensino superior, também concedem aos estudantes diploma de graduação reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). Um novo levantamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que patrocina os cursos, concluiu que o governo federal nunca investiu tanto na formação universitária dos sem-terra: 6,3 milhões de reais só em 2006”.

E mais:

“O maior avanço, sem dúvida, veio com os novos cursos superiores. Com eles, os sem-terra estudam nas melhores faculdades do país, têm o privilégio da reserva de vagas e ainda por cima impõem um regime paralelo”.

“Ensinar aos sem-terra uma visão dogmática do mundo já é por si só um problema, mas o quadro piora porque a catequese marxista se dá em universidades públicas – com patrocínio do governo. A meta do MST ao levar assentados à academia, afinal, é preparar gente para combater "o sistema" (aquele mesmo que os está bancando), e eles tratam abertamente do assunto. Segundo o livro A Política de Formação de Quadros, febre literária nos assentamentos do movimento, "quem não forma quadros dificilmente atinge seus objetivos estratégicos na revolução".

Nesses cursos, os integrantes do movimento que sentam nas carteiras, são selecionados pelos líderes, levando em conta a potencialidade e participação dos integrantes. Os professores também são selecionados a dedo, para lecionarem devem ser adeptos da causa revolucionária.

Há ainda outras peculiaridades, por exemplo, em muitas salas de aula os alunos e professores cantam as canções internacionais do comunismo revolucionário; vemos fotos e decoração de grandes personagens do comunismo e da luta revolucionária, entre eles temos: Florestan Fernandes: Político, educador marxista, que participava de motins e de grupos de estudos de Marx. Paulo Freire, Olga Benário, Pagu: Patrícia Rehder Galvão, uma militante comunista da primeira metade do século XX. Karl Marx, Lenin, Trotski, Che Guevara, entre outros. A formação parece atingir patamares de acerbação dos ideais revolucionários é o que comprova essa frase proferida por alunos de uma dessas escolas no RJ:

"Muitos fins de semana nos deram fundamentos teóricos para continuarmos sendo lutadores e lutadoras do povo"

Essa tendência é confirmada pelos coordenadores, e demonstram a eficiência do projeto revolucionário dos comunas:

"Precisamos construí-los de maneira que o povo fale é isso, e que não seja um projeto apenas construído no papel, mas nas lutas".

“Para Ricardo Gebrim, a atual condição é vantajosa ao povo para que esse construa a revolução. Ele considera que as propostas da classe dominante não oferecem alternativas nenhuma, o que abre possibilidades organizativas diante das informações mínimas a que a classe trabalhadora tem acesso a respeito da atual situação política brasileira e da condição também mínima de compreendê-la”.

Outra característica assombrosa dessas universidades paralelas para revolucionários está no vestibular que é prestado pelos vermelhos, entre as perguntas feitas estão questões da cartilha comuna, vejam:
1 A relação entre estrutura fundiária e fome no Brasil decorre da... A evolução tecnológica das pequenas propriedades nas áreas de fronteira B modernização da agricultura, que gerou desemprego no campo C concentração de latifúndios em regiões de solos mais pobres D ineficiência do gerenciamento empresarial agrícola nas médias propriedades
2 Sob a lógica dos movimentos sociais no campo... A a agricultura brasileira é latifundiária, sendo necessária sua modernização para que a terra cumpra sua função social B o agronegócio é a forma de integração da agricultura familiar ao mercado capitalista C a agricultura brasileira é latifundiária, sendo necessária sua superação pela agricultura de caráter familiar D a agricultura brasileira tem caráter empresarial, portanto não há necessidade de reforma agrária
3 O "campo goiano" é representado por inúmeras manifestações culturais que desenvolvem uma diversidade de símbolos, dos quais... A as festas são ritos provenientes da cultura cristã ocidental B os causos de assombração e demônios desenvolvem o controle social através do medo C as simpatias e as rezas justificam a distância dessa cultura com o mundo liberal D a marca, o mutirão e o adjuntório aumentam a renda fundiária
Respostas: 1.b; 2.c; 3.b
No que tange às escolas de base, o MST tem conseguido grandes avanços que nos deixam perplexos. Alguns dados para ilustrar isso:

1- Eles possuem 1.200 escolas primárias e de segundo grau, que recebem verbas governamentais para a manutenção. Mas o que é ensinado é definido pelas assembléias de cada assentamento. Nelas estão um sem número de novos revolucionários que darão muito trabalho no futuro.

2- Em 2005, o MST criou uma escola nacional, somente para militantes. Essa com um cunho mais radical e próprio, em Guararema, interior de SP. Nela são ministrados cursos de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, curso de especialização em Educação do Campo e curso de Estudos Latino-americanos (em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora-MG). Nelas estão presentes quase 2.000 militantes, mas o número tenderá a crescer. E não foi computados os militantes que estão nas universidades paralelas, esses são a maioria e estão sob as asas do Estado lulista.

RESUMO DA ÓPERA:

É preciso que abramos os olhos para tudo que vem acontecendo no país. Muitos dirão que é paranóia, mas lembrem-se da Venezuela, há muito pouco tempo a Venezuela não sofria nenhuma ameaça revolucionária, e foi a grande despreocupação da população que abriu as portas para Chávez. O mesmo ocorreu em vários países que sucumbiram às forças revolucionárias de esquerda.
Devemos ter em mente também, que nenhum desses países que caíram nas mãos da esquerda radical possuía um aparato tão organizado como nossa esquerda tem demonstrado. Nenhum Estado beneficiava tanto esses movimentos, nem a mídia era tão complacente.
Para os camaradas tenho a dizer que precisamos adotar boas idéias, mesmo que elas venham de inimigos. Contra um inimigo que usa táticas difíceis, use táticas difíceis; jogue o jogo do inimigo e jogue melhor do que ele próprio. Não há contradição, traição ou vergonha em adotar métodos dos inimigos.
Espero que entendam o recado...
Abraçoss, 14/88


FONTES:

04 janeiro 2008

CRÔNICAS DA GUERRA VIVA - N° 2






Sócrates legou à humanidade um método, esse método é denominado de socrático. Seus seguidores incluem pais, professores primários, do ensino médio e universitários, e ainda apresentadores de tv, políticos, sacerdotes, e publicitários, entre outros.

A força do método socrático está na sua capacidade em retirar a vontade e o pensamento inicial presente no indivíduo, manejando-os para que a partir de então, seja lhe apresentada a nova vontade e o novo pensamento. Isso se dá não de forma violenta, e sim sutil, baseada em perguntas tendenciosas e sem nexo num primeiro momento, mas que no fundo possuem um vínculo, mas este, somente o manipulador socrático tem conhecimento, já o sujeito vítima do método fica atado e de vendas nos olhos, por assim dizer. Esse método é capaz de abrir portas, expulsar inquilinos indesejáveis e recolonizar aquele rincão da mente humana, sem que o perpetrador haja diretamente, ele utiliza-se do próprio indivíduo para isso. As perguntas servem de largada, no início sutis, mas paulatinamente ganham corpo, vão se avolumando na direção que o manipulador determinou, assim como um homem e sua mão no corpo de uma virgem, as perguntas esperam a reação que virá com a resposta, e cada resposta é mais um degrau na escada. Metade do método é construída pelo manipulador socrático, a outra metade é ingenuamente feita pela vítima, mas todo o sistema e seu fim já estão predeterminados pelo primeiro.

A maiêutica de Sócrates que fora sua ruína em Atenas, sendo acusado de corromper os jovens, hoje está disseminada por todos os lados. Nas escolas o ensino da filosofia é quase exclusivamente dedicado à filosofia socrática e os seus tentáculos; nas universidades, em praticamente todos os cursos, estudamos a versão romantizada dessa figura malévola de nome Sócrates; nossos professores ministram doses de elefante do soro maiêutico de Sócrates; os políticos utilizam adaptações desse método em discursos e debates; na tv o método socrático é cartilha primordial a ser decorada para manipulação da platéia presente e dos telespectadores; enfim, se examinarmos com cautela e atenção veremos que a sombra do pensamento socrático se espalhou pela face da Terra como rastilho de pólvora, causando e disseminando a pseudo-lógica cegueira da alma.

E nos faz pensar no quão frágeis são os filtros da razão humana, e também em como devemos ter cuidado com a tão glorificada vontade popular a que estamos sujeitos. Já que devemos entender também que, na sociedade em que vivemos, a maiêutica socrática é instrumento valioso de manipulação da verdade e, consequentemente, de alienação e domínio dos povos.

Há de se pensar por fim: Quem domina os meios de comunicação? Quem faz uso coletivo do já deletério método socrático? E o que você fará para se livrar dessa manipulação?