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25 agosto 2008

A Ciência e o falsificacionismo

    Entre os diversos estudiosos que buscaram delimitar o que é científico e o que é pseudociência, está Karl Popper. Ele defendia que a condição científica de uma teoria se baseava na sua falseabilidade. Ou seja, se há uma teoria, ela pode ser falseável. O âmbito científico, portanto, seria estabelecida pela característica provisória e mutável. 

   Popper não exclui a metafísica e/ou pseudociência, ele delimita a fronteira da ciência com base no conceito da falseabilidade. Entende ele a importância das pseudociências e do método indutivo na criação ou germinação de novas teorias para o crivo do mundo científico. Mas Popper vai mais além, quando diz que o sentido/razão de teorias tidas como científicas podem ser menos comprováveis do que muitas teorias tidas como pseudociência. Colocando em xeque as teorias que aceitavam um fato ou teoria com base na aceitação de nexos lógicos construtivos simples. Para ele, dois são os fundamentos na averiguação: A crítica lógica e o confronto com os fatos. 

    É interessante observar que Popper não refuta o empirismo. Ele inclui um método de abordagem novo para interagir com o clássico. Em outras palavras, Popper chama a atenção do mundo científico para o método da falseabilidade, fortalecendo o poder de comprovar a aceitabilidade de uma teoria com a conjugação dos métodos de observação/experimentação científica, e a verificação proposta por ele. Trocando ainda mais em miúdos, se construir, busque destruir. Se sobreviver, saiba que poderá ser considerada falsa no futuro. Mas enquanto não é, aceite sabendo que ainda é uma teoria sujeita à falseabilidade. Ele defende que quanto maior a exposição de uma teoria à refutação, maior será sua credibilidade. Entretanto, nenhuma teoria é 100% verdade, mas pode ser aceitável para aquele momento.

    Popper é sabedor da necessidade de conjecturas amplas. Ele entende que quanto maior o número de conjecturas, maior serão os avanços científicos quando a busca por comprovação fizer o seu papel. Mas também defende que as teorias elaboradas por meio do método indutivo, tendem a absorver pré-conceitos e objetivos tendenciosos. E isso vem sendo feito a torto e a direito na ciência. Quantas vezes vemos pesquisas tidas como científicas que são completamente tendenciosas? Definitivamente, especular por meio de teorias necessita mais de comprovações do que de premissas. As comprovações podem ser tendenciosas, mas estarão sempre expostas às novas tentativas de refutação e derrubada; enquanto premissas tendenciosas, acabam gerando dogmas difíceis de serem destruídos. Tanto as conjecturas quanto as refutações são importantes para ciência, e é nessa balança, que deve estar razoavelmente equilibrada, onde se estabelece o método científico.

"O método da ciência é o método de conjecturas audazes e engenhosas, seguidas de tentativas rigorosas de falseá-las”.

Karl Popper.

    Mas não se esqueçam: se é assim, até a falseabilidade de Popper pode ser falsificável!