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Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

04 agosto 2008

A MÃO QUE EMPUNHA O FLAGELO


        Que me perdoem Jânio de Freitas e todas as vítimas do regime militar, mas duvido muito que essa tentativa de abrir as comportas da vingança encontre vazão por aqui.

Primeiro é preciso entender que nem todos que foram vítimas do regime militar eram terroristas, mas também que nem todos que se dizem vítimas foram torturados, presos, maquinados, etc. E ainda que muitos dos que foram de alguma forma atingidos pela brutalidade militar, receberam no máximo uma bofetada, algo que qualquer cidadão que estiver razoavelmente mal arrumado em dia de jogo de futebol, pode sofrer. Não estou justificando um crime por outro, mesmo porque, estes atos nem eram considerados crimes naqueles tempos, e a lei, como bem sabemos, não retroage. O que quero demonstrar é a dificuldade existente em determinar objetivamente quem foi ou não vítima; e mais, qual a gravidade, o grau de repressão sofrida. Esta determinação objetiva é necessária para nortear a política de indenizações.

Fora esta dificuldade, temos ainda um outro ponto a considerar. Para qualquer um que estudou sobre aqueles tempos, fica clara a onda na qual o povo surfou. O maniqueísmo criado na época atinge os dias de hoje com novo vigor. São as ondas dos ressentidos, que querem perpetuar a mentira de que o lado mal era os militares (que muitas vezes o foram), e o lado bom, todos os outros que não são militares. A verdade é que do lado tido como “bom”, havia muitos criminosos, que diante da opressão extravasaram suas personalidades delinqüentes. Terroristas naquele tempo é o que não faltava; marxistas que usavam de violência semelhante a dos militares e a justificavam com o ideal vermelho também não faltou. Torturavam, seqüestravam e mantinham em cárcere privado, espancavam, faziam lavagem cerebral nos “recrutas”, contrabandeavam armas e traficavam drogas.  Ora, crimes como estes são tão graves quanto os crimes rotineiros dos militares. Sei que o desejável seria que tanto os torturadores militares quanto os terroristas marxistas estivessem no banco dos réus, mas a “anistia ampla, geral e irrestrita” derrubou isso. Era uma condição de cima para baixo; do governo militar para o povo. É preciso entender que bem ou mal, esta fase passou. O máximo que podemos fazer é dar esmolas àqueles que comprovarem (sofridamente, reconheço) o crime cometido pela estrutura estatal.

Outro ponto a considerar é o fato de que o crime maior que os militares cometeram não foi a violência física, e sim a usurpação. A usurpação da liberdade e dos direitos dos cidadãos. E até esta, em certo grau, foi permitida pela maior parte da população, enquanto os que não permitiam essa usurpação, logo estavam a usar as mesmas armas dos carrascos. Quem tem razão nisso tudo para poder julgar o outro? Os militares que obedeciam a ordens e que se não obedecessem seriam vítimas também? Duvido muito que a maioria de nós seria capaz de trocar a obediência de uma ordem pelo flagelo naqueles tempos. Não me venham com reprimendas de heroísmo, elas só cabem em filmes de holywood e em poucos relatos, não cabem para cidadãos medianos. Ou teriam razão os terroristas que, na medida que puderam, usaram coquetéis Molotov, paus, pedras, armas de fogo, bombas, guerrilhas urbanas e do campo; enfim, do terror peculiar do marxismo revolucionário e suas táticas? Para mim, senhores, a razão fica com a lei da anistia. Esta sim foi sábia ao dar o primeiro passo para tentar velar os mortos e os enterrarem antes que virassem fantasmas na vida das gerações futuras. O cidadão que não foi terrorista nem militar; que não quis ser vítima (o sendo), nem verdugo (tacitamente apoiando); este não tem a razão para tocar mais nisso, e pelo que conheço de mundo, nem o quer.

Em se tratando de violência, temos problemas demais. Hoje em dia, a liberdade do cidadão é limitada até para ir na padaria. Aqui perto de casa, há uns dois meses, ocorreu o oitavo assalto em quase seis meses. Meu sogro comprou uma nova casa e ela foi assaltada em menos de uma semana da mudança. Vida nova? Só se for para os bandidos da esquerda. Estes sim podem mudar de roupagem e conseguir o que sonhavam nas décadas de 70 e 80. Podem intimidar os verdugos da criminalidade com a simples ameaça do jovem torturado, enquanto escondem seus podres atrás da bandeira vermelha e da vingança dos ressentidos. Nós, cidadãos de bem, precisamos de mais segurança hoje do que nunca. 

O que querem esses terroristas esquerdistas que atualmente estão institucionalizados? Querem rever os velhos tempos? Querem criar novos ressentimentos na classe militar? Alimentar as almas plebéias com bodes expiatórios? Desenterrar esqueletos para que estes justifiquem e legitimem os planos presentes e futuros da esquerda para o Brasil?

Mesmo do lado da luz existem as sombras, vigiai a mão que empunha o flagelo.