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Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

24 outubro 2008

Caudilho "Conservador"

Quando Ronald Reagan assumiu a presidência dos Estados Unidos nos anos 80, ele implantou uma política econômica que havia professado em sua campanha eleitoral. Ele mantinha o seguinte slogan nos discursos: “O Estado não é a solução, é o problema”. Reagan era um homem que muitos consideravam inculto, para outros ele era intuitivo, mas possuía o dom de falar simples sobre coisas complexas. Desde que assumiu, sabia não valer a pena manter uma guerra fria no âmbito econômico ou até mesmo político, a despeito dos investimentos militares que ele acreditava serem necessários para impedir que um inimigo perdido botasse tudo a perder antes de desfalecer. O império soviético já não era um inimigo, era um adversário enfermo, e ele era cônscio disso.

Os Estados Unidos no começo da década de 80 apresentava uma inflação maior que 14% ao ano; o desemprego era altíssimo e crescia; alguns da “intelligentsia” norte-americana já profetizavam o fim do império americano, enquanto outros teciam elogios ao sistema estatal soviético. Reagan tomou algumas medidas que iam à contramão da tendência keynesiana seguida à risca nas décadas anteriores. Ele derrubou o dragão da inflação com uma política monetária implacável; cortou programas de assistencialismo social; combateu grevistas com determinação, remodelando o sistema laboral nos Estados Unidos, a flexibilização dos direitos trabalhistas contribuiu para a geração de 20 milhões de novos empregos, a exemplo de sua contemporânea britânica, Margareth Thatcher; reduziu os impostos às empresas e aos indivíduos. Neste último item, a redução para as empresas foi maior que 10%, e para os indivíduos, maior que 40%!

O resultado das medidas foi o crescimento econômico médio de 3,2% nos anos de seu governo; redução da taxa de desemprego com a criação de 20 milhões de novos empregos; o aumento dos ganhos médios das famílias norte-americanas. É verdade que ele não conseguiu segurar os gastos públicos em outros setores fora os gastos sociais, que criou um déficit público gigantesco; é verdade também que a balança comercial também gerou déficits, o que parcialmente se explica pela efervescência do mercado interno em busca de bens e commodities.

Mas o legado de Reagan para a nova ordem econômica mundial foi inegável. Ele, como conservador (“Conservador” nos EUA é um liberal para o resto do mundo. Lá eles têm uma nomenclatura inversa), desenvolveu a economia norte-americana e serviu de exemplo a ser seguido por diversos outros países. Obviamente, o Brasil não foi um destes.