Ontem o Molusco disse com toda convicção que o Brasil não será afetado pela crise econômica que assola os Estados Unidos. Enquanto as duas colunas de sustentação do sistema hipotecário do país do norte, a Fannie Mae e Freddie Mac, arriavam; e a seguradora AIG (American International Group) pedia a bancarrota; e Merrill Lynch era comprada pelo Bank of America, e o Lehman Brothers pediam concordata; o Molusco, antes de dormir, abraçava o porquinho rosa onde guarda seus U$ 207 bilhões. Além do mais, ele vai discursar na Assembléia da ONU, e segundo informa o porta-voz da presidência, deverá pedir aos países ricos para não virem nos gripar. Tomara que ele não resolva sair muito por Nova Iorque, vai que ele pega esta gripe.
A “Bertha Dilma”, por sua vez, vem dizendo que a crise é mais “profunda” do que imaginava, mas defende que o país diversificou suas exportações, e isso blindará a economia brasileira. Esquece ela que, caso a crise ganhe contornos globais, os tais diversos parceiros brasileiros também serão afetados.
No Brasil, por enquanto, todo mundo fala que a crise é grave e o Brasil pode se segurar no rochedo. Todos parecem estar confiantes e melindrados ao mesmo tempo. A incerteza é total e a única certeza que temos é a da quebra no sigilo das comunicações telefônicas.