“O Estado não deve interferir na economia. Ela se ajusta por si só”. Adam Smith
Quem deve plantar? Quem deve comprar? Quem deve intervir ou deixar de intervir? As respostas são: Plantamos todos se nossa plantação se transformar em verdinhas. Compramos todos, se verdinhas tivermos para isso. Intervem a vontade social, a iniciativa privada; e não intervem a incapacidade estatal. O alarmismo generalizado que hoje vemos na mídia, na ciência e nas instituições em todos os níveis, é algo abominável. É, no mínimo, falta de conhecimento das regras que regem a natureza, e conseqüentemente, o mundo.
Temia eu, há algumas semanas, que uma intervenção do governo americano na crise lá pudesse transformar em paradigma para o terceiro mundo. Eles interviram; e eu pensei melhor. Estudei o histórico americano, e aprendi que nos EUA já houve fases de intervencionismo e não-intervencionismo na economia. E mais do que isso, o não-intervencionismo é a base das políticas econômicas naquele país em toda sua história; a exceção é o intervencionismo. Mantive a tranqüilidade, o intervencionismo atual desaparecerá como a própria crise em uma estabilização natural do mercado.
Eles lá sempre resolvem as coisas na medida da iniciativa privada, já nós, “tupiniquins-mirins”, preferimos pedir ao “Pai-Estado” o leitinho de todos os dias, e gritamos como crianças por esse “Estado-pai”, quando sentimos qualquer incômodo. E aí mora o perigo, nós somos mal acostumados com o paternalismo. Esse mal nos persegue e vive como lombrigas nas entranhas da mentalidade negróide brasileira. Se hoje os EUA tomam a decisão de intervir (bem pouquinho, por sinal), e sabem que são passageiras essas medidas; nós, terceiro-mundistas podemos, perigosamente, tomar essa ação isolada dentro do contexto americano, e aplicar aqui, entre nós. Paradigmas nasceram para serem adaptados, não para serem encaixados à força em realidades diferentes. Um recrudescimento do intervencionismo já existente no Brasil, seria um retrocesso sem igual. A mentalidade paternalista estaria bem atendida, mas o preço seria pago pela minoria empreendedora que ainda resta aqui.
O alarmismo, por sua vez, encontra em pareceres ridículos de instituições internacionais que por quererem ser politicamente corretos, exalam as mais bizarras análises, com pretensões de Nostradamus. Sim, porque é isso que eles fazem, tentam prever a fome mundial; são profetas do não acontecido, e desconhecem do já acontecido. E com isso, influenciam políticos terceiro-mundistas a buscarem no intervencionismo a solução prática para os problemas que giram na esfera privada; e a políticos primeiro-mundistas a tirarem dinheiro dos bolsos dos seus governados para dar de esmola a esmolados do mundo incompetente. Lula já faz isso nas terras de Santa Cruz, e não será problema nenhum continuar a endurecer a ditadura do Estado paternalista. E assim, continuaremos reforçando a mentalidade de escravo, em detrimento da mentalidade empreendedora que carrega esse país nas costas apesar de tantos pesares.
E o alerta está posto:
“É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem geralmente acredita no que deseja”. Demóstenes.
E se o povo parece desejar esse esmolismo, já estão com Lula, enganados.
DELENDA LULA !