O conservador Boris Johnson vence as eleições para a prefeitura de Londres em cima dos trabalhistas de Ken Livingstone, atual prefeito e um fervoroso esquerdista; seu apelido na Inglaterra é “Ken, o vermelho”, apoiador de Hugo Chávez, e que é fanho.
Já Boris, tem esse nome nada, digamos, ocidental; filho da aristocracia que vai de bicicleta para o trabalho, militou no jornalismo durante muitos anos, mas mais do que isso, ele é conhecido pelas zombarias e frases polêmicas, entre elas, ficaram conhecidas as de cunho racista contra os habitantes de Papua Nova Guiné, que ele chamou de canibais (O que não fica muito longe da realidade quando vemos que hoje foram torturadas e decapitadas duas mulheres sob a acusação de bruxaria nesta ilha asiática, vide a notícia ciclando aqui: bruxas). As minorias o odeiam e já foram chamadas por ele de intelectualmente incapacitados; disse durante a campanha que no governo dele, o cidadão aumentará as chances de comprar uma BMW, e em outra ele afirma que se um matrimonio gay era aceitável, não via razão para que o mesmo não acontecesse entre três homens ou entre três homens e um cão.
Mas a derrocada dos trabalhistas (de tendência social-democrata), foi mais ampla. Nessas eleições, estavam em jogo 160 prefeituras, os conservadores adquiriram 44% dos votos, a maioria das cidades, incluindo as principais cidades britânicas. Os liberais-democratas – não se enganem, pois é um partido que nasceu da fusão de dois partidos, um liberal tradicional e um partido socialista – conseguiram 25% dos votos; e por fim, os trabalhistas que tiveram a pior derrota em 40 anos, alcançando apenas 24% dos votos. Derrota ainda pior do que a de 2004, onde os conservadores obtiveram 37% dos votos, os liberais-democratas 27% e os trabalhistas 26%. Depois de 10 anos de domínio trabalhista sob a figura de Blair, e o atual governo Gordon, o país aponta para uma nova guinada à direita com a vitória dos conservadores. A última era de ouro dos conservadores foi com a dama de ferro, Margaret Thatcher que fez sucessores até 1997, quando Blair assumiu o poder.
Essa vitória pode ser o prelúdio para uma ainda maior nas eleições parlamentares de 2010. Depois da França, Itália, agora é a vez da Inglaterra dar seu “NÃO” à esquerda. A Europa aos poucos vem compreendendo que a esquerda não é mais solução para nada. E o melhor, é que esta guinada à direita, cada vez menos vem acompanhada de radicalismos. A direita européia é liberal econômica por excelência, e me parece que a Europa seguirá neste caminho por uns bons anos depois dessa avalanche de socialistas da terceira via e outros tantos politicamente corretos.