Ingrid Betancourt; ― aquela ex-candidata franco-colombiana que fôra seqüestrada pelas FARC, e há pouco foi libertada ―; disse que acredita que tanto as FARC quanto o governo colombiano estão mais próximos de se acertarem.
Ela deve estar ainda sofrendo dos últimos resquícios daquela tal Síndrome de Estocolmo, na qual algumas pessoas seqüestradas criam certa afeição e complacência com os seus seqüestradores.
Não há que se falar em diálogo com terroristas; a coisa tem que ser na base do poder militar, força, iniciativa; tudo em um panorama estritamente militar. Evitar ingerências políticas, sociais, e de organizações internacionais que pregam apaziguamento. É preciso combater essa guerrilha de narco-terroristas, com o rigor com o qual se combate um inimigo externo. Apaziguamento não traz paz; muito pelo contrário, a experiência histórica mostra que todo apaziguamento fortalece aquele que não almeja a paz.
Pequenas operações é o padrão usado pelo governo colombiano. Nada mais errado do que isso. Quando se troca grandes ofensivas que podem gerar baixas do seu lado por pequenas operações, leva, inexoravelmente, a uma guerra prolongada e com baixas à prestação. Às vezes é preciso correr riscos mais altos para alcançar o que deseja. A Colômbia perpetuará essa guerra pela fraqueza do Estado, e pelo politicamente correto condescendente.
Lembrando que a segurança é uma função primordial do Estado.