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Este blog trata de assuntos variados. Destacam-se os temas políticos, ideológicos, morais, sociais, e econômicos.

29 julho 2008

"BURRA" lex, sed lex


        Se restava alguma dúvida da burrice dos nossos parlamentares, ela foi dissipada com a aprovação pelo Congresso nacional do projeto de lei que impede os escritórios de advocacia de serem alvo de busca e apreensão, mesmo com ordem judicial.

Primeiramente, a fortiori, é um absurdo pensarmos que um escritório de advocacia terá uma inviolabilidade superior à da residência do cidadão comum. Segundo, considerando a qualidade moral deficiente do brasileiro em geral, especialmente a classe da qual faço parte, não aconselharia a ninguém dar esta prerrogativa de inviolabilidade celeste para nossos locais de trabalho. Terceiro, já existe um grau de inviolabilidade nos escritórios profissionais, entretanto, essa inviolabilidade é condicionada, ou seja, existe em determinadas situações. Não faz sentido querer blindar ainda mais com pretexto de proteção, o que querem não é mais proteger o exercício profissional, é encobrir crime; é criar uma classe com privilégios de deuses. Puro ego.

        O Molusco da faixa presidencial se reuniu com pseudo-conhecedores da lei, jurisconsultos da melhor espécie confusa, e informações dizem que ele irá vetar o projeto. Mas isso não muda o fato dos imbecis do congresso – aqueles panacas escolhidos pela maioria panaca e que espelha exatamente a falta de inteligência sempre marcante da plebe brasilis  – terem aprovado o projeto de lei. Depois da tal lei seca, eu não imaginava que voltariam a cagar na nossa inteligência. Falando em lei seca, ela foi criada no afã da tolerância zero e da burrice que até esqueceram de dá-la os meios legais para sua perfeita aplicabilidade. Em outras palavras, a lei existe, mas sua aplicabilidade é difícil diante da proteção constitucional que nos dá o direito de não gerar prova contrária a si mesmo. Logo, ninguém é obrigado a fazer o teste do bafômetro para gerar prova acusatória. Deram a ordem de matar, entregaram a arma, mas esqueceram da munição!